Derrota do Brasil para a Alemanha na Copa completa um ano

André Gonçalves

08/07/2015 às 09h39 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Foi exatamente há um ano. Nesta quarta, 8, completam-se 365 dias da fatídica goleada sofrida pelo Brasil diante da Alemanha na Copa do Mundo de 2014. Pior ainda, era semifinal de Mundial. Em casa, no Mineirão: 7 a 1 para os alemães, no maior vexame brasileiro da história. 

Um ano antes o Brasil não estava bem, mas após a conquista da Copa das Confederações, em 2013, na vitória sobre a Espanha, que até então encantava o mundo, tudo mudou e o país entrou para a disputa em casa como um dos favoritos.

Conseguiu classificar em primeiro lugar no grupo e sofreu nos jogos decisivos contra Chile e Colômbia, porém conseguiu a classificação para a semifinal. Chegou o dia. A Alemanha, na ocasião tricampeão mundial, era a adversária. 

O mundo viu, perplexo, uma goleada impressionante. Foram quatro gols em seis minutos no primeiro tempo. Um verdadeiro passeio. Na segunda etapa, o time alemão ainda diminuiu o ritmo. Foi a maior derrota de um anfitrião na história dos mundiais.

De lá pra cá, muito se pediu mudança no futebol brasileiro, entretanto, um ano depois, existem as mesmas cobranças em relação ao país do futebol.

Felipão foi demitido logo após o quarto lugar na Copa e três dias depois Dunga, que foi técnico em 2006, foi anunciado como novo treinador. O trabalho começou, na teoria, bem-feito. Vitórias em amistosos de forma consecutiva.

Após onze vitórias nesses amistosos, inclusive sobre Argentina e França, aconteceu a primeira competição oficial: a Copa América no Chile. E o mesmo filme de 2011. Assim como quatro anos antes, o Brasil foi eliminado de forma precoce, nas quartas de final, mais um vez nos pênaltis, contra o Paraguai.

Hoje o futebol brasileiro vive de lampejos positivos do craque Neymar. No Mundial do ano passado, o jogador se machucou e não jogou na goleada sofrida. Na competição sul-americana, foi expulso na fase de classificação e punido com quatro jogos. O atacante, inclusive, desfalca o Brasil nas duas primeiras partidas das Eliminatórias.

Pela primeira vez na história também, a Seleção não vai disputar a Copa das Confederações, que será realizada em 2017. No momento há, infelizmente, uma crise instalada. Há até a possiblidade de pensamento em técnico estrangeiro, o que raramente aconteceu na história. Pep Guardiola, comandante campeão pelo Barcelona se interessou em dirigir a Seleção, mas não houve vontade por parte da cúpula do futebol brasileiro. 

O trabalho tem que continuar. Esse ano ainda começam os preparativos para os  Jogos Olímpicos ano que vem e início das Eliminatórias. 

E o povo brasileiro torce por dias melhores. Que eles venham o quanto antes. 

Mas o fato é, que, nesta quarta, o mundo lembra um ano de Brasil 1 x 7 Alemanha.