Suicídio nunca é indolor: apoio da família é indispensável na valorização da Vida
Rafael Bruno Abrantes Ferro
31/03/2016 às 15h45 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02
Há muitas formas de se cometer suicídio, mas todas elas denunciam um grave problema nos dias atuais: nossa sociedade não vai nada bem quanto à valorização da Vida. São cerca de 800 mil casos de suicídio registrados anualmente, em todo o mundo — o que equivale a uma pessoa tirando a própria vida a cada 40 segundos. Chamando atenção a essa realidade, o tema do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado neste dia 10 de setembro é: Estender a mão e salvar vidas.
Neste dia, o convite do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) para que todos se vistam de amarelo ou postem fotos com destaque à cor nas redes sociais, já que significa vida, luz, alegria.
SUICÍDIO É SEGUNDA CAUSA DE MORTE ENTRE JOVENS
No recente relatório Global Report Suicide 2015, da Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda encontamos outra informação alarmante: o suicídio foi a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos, em todo o mundo, em 2012.
+ Paiva Netto escreve: "O suicídio não resolve..."
A psicóloga Karina Fukumitsu, pós-doutoranda pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, explicou, em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação*, que é preciso reconhecer quando uma pessoa tenta camuflar sua aflição, para buscar tratamento para o problema. "Hoje em dia, existem bastantes pessoas desesperançosas, principalmente os adolescentes. (...) Infelizmente, existe um ocultamento, um esquecimento das angústias", destacou.
Nesse sentido, é importante salientar o pensamento do saudoso poeta e jornalista Alziro Zarur (1914-1979), que afirmava: "O suicídio não resolve as angústias de ninguém". Pelo contrário: a pessoa pode criar ainda mais sofrimento para si mesma, como mostra relato verídico da radionovela Memórias de um suicida, que apresenta uma lição de arrependimento e renovação.
+ Leia "A morte não é o fim", artigo de Paiva Netto
A doutora Karina também ressaltou a função que os parentes desempenham na prevenção do suicídio, principalmente no caso dos jovens: "O papel da família é primordial: são as nossas estruturas. A família precisa estar atenta a qualquer mudança abrupta, quando uma pessoa com determinado comportamento começa a apresentar uma diferença".
BUSCAS NA INTERNET SOBRE SUICÍDIO SÃO FREQUENTES
Também é mais do que sintomático — para não identificar como óbvio — que não deve ser negligenciado um assunto que movimentou, apenas no Brasil, uma média de 6.600 mil pesquisas mensais on-line, sendo a maioria delas, infelizmente, sobre métodos de tirar a própria vida. A quantidade de procura pelo assunto mostra que é necessário estar atento aos sinais que as pessoas dão, muitas vezes alimentando comportamentos autolesivos.
"A maioria dos suicídios foi precedida por sinais de alerta, sejam verbais ou comportamentais. É claro que existem alguns suicídios que ocorrem sem aviso. Mas é importante entender o que os sinais de alerta são e olhar para eles", destaca o relatório da OMS.
Em seu artigo "Prevenção ao suicídio", o jornalista, radialista e escritor José de Paiva Netto afirma: "Ao lado de todo o apoio psicológico e do avanço da medicina, é fundamental — para os que pensam em atentar contra a própria vida — a prática sadia da oração, para o fortalecimento da consciência de que a vida prossegue após o fenômeno da morte. Os que inadvertidamente antecipam sua chegada ao Mundo Espiritual despertam no Outro Lado da Vida com suas dores acrescidas pelo ato impensado do suicídio. Um dos piores enganos da Humanidade é continuar teimando na crença infeliz de que a morte acaba com tudo".
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Sobre a importância da Fé na valorização da Vida, a doutora Karina concorda: "Qualquer espiritualidade [...] vem com uma função de oferecer fé ao ser humano; fé, [...] principalmente para aquele que está desesperançoso, de que é possível [vencer os problemas], de que a morte não é a única saída. [...] Então, tenha fé!".
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*Super Rede Boa Vontade de Comunicação — O termo refere-se aos veículos da Comunicação 100% Jesus, criados pelo jornalista José de Paiva Netto. O objetivo é propagar os ideais fraternos do Ecumenismo sem restrições, por meio da Super Rede Boa Vontade de Rádio, Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), TV Reeducar, dos sites e das publicações com o conteúdo da Espiritualidade Ecumênica.
