Esclareça 11 mitos e verdades sobre a dengue
O Portal Boa Vontade orienta a população sobre as principais dúvidas relacionadas à doença e seu mosquito transmissor.
Karine Salles
29/04/2015 às 15h29 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Veja também
Com o aumento nos casos de dengue em várias regiões do Brasil principalmente em São Paulo muita gente vem buscando soluções para afastar o mosquito transmissor da doença. Agora o Aedes aegypti se reproduz em água suja? O fumacê é o suficiente para evitar a dengue? Mito ou verdade? O Portal Boa Vontade orienta a população sobre as principais dúvidas relacionadas à doença e seu mosquito transmissor.
Lembrando que a ação mais simples é prevenir o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. É preciso que a população reserve pelo menos 15 minutos para inspecionar a casa e remover todo e qualquer tipo de utensílio que possa acumular água. Veja aqui nossas dicas para combater o mosquito.
1. Quem já teve dengue uma vez não terá mais a doença?
Existem quatro subtipos do vírus da dengue, e uma pessoa pode desenvolver a doença ao ser infectada com um subtipo com o qual não teve contato anteriormente.
2. Todas as pessoas precisam fazer exames de sangue para identificar a doença?
O diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico, e os exames de sangue só são indicados para quadros suspeitos de potencial gravidade, ou quando há dúvida no reconhecimento da doença.
3. O Aedes aegypti só ataca durante o dia?
O inseto tem hábitos diurnos, então, o mais comum é que ele faça suas vítimas durante o dia. Porém, nada o impede de atacar durante a noite.
4. Só é preciso se preocupar com a proliferação do mosquito durante o período de chuvas?
O mosquito pode se reproduzir a partir de ovos depositados na água parada em recipientes como garrafas, pneus, caixas d’agua e outros recipientes. Períodos de estiagem também são particularmente perigosos pelo armazenamento incorreto da água.
5. Ao identificar sintomas como fortes dores no corpo, de cabeça, vômitos e náuseas constantes, é necessário procurar atendimento em uma Unidade de Saúde?
A dengue pode ser confundida com outras doenças e viroses, como a gripe. O diagnóstico é importante para definir o tratamento.
6. É possível evitar a dengue?
Manter a casa livre de possíveis focos de proliferação do mosquito e orientar vizinhos a fazer o mesmo pode evitar que o inseto esteja próximo de você. Repelentes também são indicados. Mas atenção, eles devem ser usados com cuidado.
7. Se não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar a pessoa à morte?
A doença, principalmente em sua versão hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente se não diagnosticada e tratada a tempo.
8. O tratamento consiste basicamente na hidratação e no uso de sintomáticos?
A medida mais importante no tratamento é a ingestão de líquidos, que evita as complicações da doença, que deve ser acompanhada do controle dos sintomas. Importante lembrar que o uso de ácido-acetilsalicílico (AAS) é contra-indicado por aumentar o risco de sangramentos.
9. O uso do fumacê é suficiente para evitar a dengue?
Ele tem a função de diminuir a população de mosquitos adultos no ambiente e deve ser utilizado em caso de surto ou epidemia. Mas, ele não reduz os focos, sendo uma medida emergencial. O uso indiscriminado pode trazer prejuízos ao meio ambientes e às pessoas.
10. O mosquito da dengue só se reproduz em água limpa?
O mosquito só se reproduz em água limpa e parada, pois a fêmea precisa de oxigênio para que seus ovos possam se desenvolver e gerar novos mosquitos. A água não precisa ser potável, contudo, caso esteja muito suja e não exista oxigênio suficiente, ela não servirá para a reprodução.
11. Qualquer inseticida mata o mosquito?
O produto ajuda a matar os mosquitos e pode ser usado de acordo com as recomendações do fabricante. No entanto, não se pode confiar somente neste mecanismo de controle.
O Portal Boa Vontade relembra que, aos primeiros sintomas da dengue, como febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos, as pessoas devem procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.