Mulheres soropositivas podem ter filhos, sim!
Karine Salles
29/11/2013 às 22h25 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00
Toda gestante soropositiva, além da medicação, precisa tomar outras medidas para evitar a transmissão vertical, que pode ocorrer em três momentos distintos: “Durante a gestação, pois o vírus pode passar no fluxo do sangue da mãe para o bebê por meio da placenta; no momento do parto, quando o bebê pode estar exposto a sangue e a secreções; ou durante a amamentação. Por isso é recomendado que as mulheres que são portadoras do vírus não amamentem”, alertou a dra. Sandra Wagner, médica infectologista e pesquisadora do laboratório de pesquisa clínica em HIV/Aids, do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), da FioCruz.
Especialistas afirmam que a gravidez de mulheres soropositivas pode ser normal, mas ponderam que terão menos problemas se for planejada desde o início. O momento ideal é que ela engravide com a carga de vírus indetectável, ou seja, uma quantidade muito pequena de vírus na corrente sanguínea. É importante que ela faça o planejamento da gravidez e comece o tratamento antes de resolver engravidar. “Se esses procedimentos forem feitos desde o início de forma adequada, o risco de o bebê nascer com HIV é muito baixo, ele passa a ser pequeno”, destacou a dra. Sandra.
Dados do Unicef mostram que quase metade das crianças que contraem o HIV das suas mães morrem antes do seu 2º aniversário. Porém, estas mortes podem ser evitadas. A profilaxia antirretroviral administrada à mulher durante a gravidez e parto, e ao bebê imediatamente após o nascimento, provou reduzir drasticamente a probabilidade de uma mãe transmitir o HIV ao seu bebê, sendo igualmente um tratamento para a mãe.