Máscara deixa de ser obrigatória em locais abertos; decisão é prematura segundo a FioCruz

“Muito cedo para baixar a guarda”, alerta diretora da OPAS dois anos após início da pandemia

Da redação

09/03/2022 às 08h43 - quarta-feira | Atualizado em 15/03/2022 às 10h31

Com o avanço da vacinação em todo o Brasil, alguns estados flexibilizaram as regras sobre o uso das máscaras em locais abertos e arejados. A utilização do equipamento de proteção, no entanto, continua sendo obrigatória em lugares fechados. 

Pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz chamam atenção para o relaxamento prematuro das medidas protetivas diante do cenário atual. Para eles, é necessário ter prudência na adoção de qualquer medida de flexibilização, tanto pelo possível impacto do último feriado prolongado e o potencial aumento de casos e internação, como pela "vacinação que avançou bastante, mas precisa ir além".

Os pesquisadores citam, também, um estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim afirma que as máscaras ficaram ainda mais importantes. 

“Muito cedo para baixar a guarda”, alerta diretora da OPAS dois anos após início da pandemia

“Quando os lugares relaxam as medidas no momento errado, a transmissão aumenta perigosamente e perdemos mais vidas”, disse Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Ela ainda pede que aos países que baseiem suas decisões em avaliações de risco e dados de saúde, e que reforcem as orientações de saúde pública se casos aumentarem.

Refletindo sobre os últimos dois anos da pandemia, a diretora da OPAS informou que as Américas foram mais atingidas pela Covid-19 do que qualquer outra região do mundo, com mais de 2,6 milhões de vidas perdidas – metade de todas as mortes globais. “Muito cedo para baixar a guarda. Esta é uma tragédia de enormes proporções e seus efeitos serão sentidos nos próximos anos.”

Etienne também alertou que “a pandemia ainda é uma ameaça”, com países observando números recordes de novas infecções durante a onda da variante Ômicron. As Américas responderam por 63% dos novos casos globais apenas nos primeiros dois meses de 2022.  “É provável que a Covid-19 tenha vindo para ficar. Devemos aprender a conviver com esse vírus e nos adaptar rapidamente às novas mudanças. Todos nós queremos que a pandemia termine, mas o otimismo por si só não pode controlar o vírus”, disse.

Os países devem aproveitar as lições dos últimos dois anos e se preparar para uma ação rápida, bem como ajustar as orientações de saúde pública caso surja uma nova variante ou ocorram surtos - garantindo vigilância contínua e disponibilizando testes prontamente, mesmo quando a transmissão é baixa.

REFORÇO DOS CUIDADOS

Nós, do Portal Boa Vontade, reforçamos, também, que para reduzir ainda mais as taxas de transmissão da Covid-19, é essencial, usar máscaras de alta qualidade - de preferência o modelo PFF2 -, manter o distanciamento físico, ventilação de espaços internos, evitar aglomerações e higienização constante das mãos.

Veja a seguir algumas recomendações que precisamos seguir como um guia de medidas básicas para evitar o contágio e a disseminação dos vírus que atacam o sistema respiratório, em especial o coronavírus, e ainda fazem milhares de vítimas em todo o mundo:

Ao programa Boa Vontade Notícias, a sra. Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, reforçou que para reduzir as taxas de transmissão da Covid-19, é essencial continuar com os cuidados básicos. Assista! 

 

 

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Com informações da Opas e da FioCruz

*O programa Boa Vontade Notícias vai ao ar pela Boa Vontade TV de segunda a sexta-feira, às 12h,16h e às 19h30. Aos sábados às 8h e às 18h30 e aos domingos às 8h. Para outras informações, ligue: (11) 99801-1242.