Mesmo mais fraco, La Ninã causará aumento da temperatura média global
Da redação
14/12/2021 às 10h19 - terça-feira | Atualizado em 14/12/2021 às 11h36
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), confirma que o La Ninã está acontecendo pelo segundo ano consecutivo e deve durar até o início de 2022, influenciando temperaturas e precipitação.
Por natureza, este fenômeno climático têm uma influência de resfriamento, mas a OMM explica que as temperaturas em várias regiões do mundo deverão ser mais altas do que a média devido aos níveis recorde de gases de efeito estufa “presos” na atmosfera.
Impactos na agricultura
Pelos estudos da OMM, o La Ninã 2021/2022 será de fraco a moderado e um pouco mais fraco do que o evento de 2020/2021. Mesmo assim, setores como agricultura, saúde, recursos hídricos e gerenciamento de desastres serão afetados.
A OMM fornece apoio e aconselhamento para entidades humanitárias internacionais, na tentativa de reduzir impactos, principalmente em países mais vulneráveis que já estão sofrendo com os extremos climáticos e com os impactos da pandemia de Covid-19.
A agência da ONU lembra que com o La Ninã, as temperaturas na superfície do Oceano Pacífico central e equatorial leste ficam mais frias e ocorrem também mudanças na circulação atmosférica tropical. Com isso, acontecem mais ventos, mais pressão e mais chuvas.
Um dos 10 anos mais quentes
O secretário-geral da OMM explica que o impacto de resfriamento do último La Ninã “fará com que 2021 fique marcado como um dos 10 anos mais quentes já registrados e não o ano mais quente da história”.
Apesar disso, Petteri Taalas afirma que “isso não muda a tendência de aquecimento nem reduz a urgência por ação climática”.
A OMM calcula que existe uma chance de 90% das temperaturas na superfície do oceano Pacífico tropical continuarem nos níveis La Ninã até o fim do ano e chances de até 80% de permanecerem nesse nível por todo o primeiro trimestre de 2022.
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Com informações das Nações Unidas e OMM