Dislexia: como lidar com um transtorno de aprendizagem

A dislexia, mesmo sendo crônica, pode ser tratada. E com um acompanhamento correto, as crianças com esse transtorno podem ter sucesso na escola.

Thayna D. Reis dos Santos

30/11/2017 às 08h28 - quinta-feira | Atualizado em 18/07/2018 às 15h41

pressfoto / Freepik
A dislexia afeta cerca de 2 milhões de brasileiros. O transtorno neurobiológico pode afetar o aprendizado da criança, principalmente nos primeiros anos escolares.

Se o seu filho aparenta pouco interesse nas aulas ou uma dificuldade em manter a atenção, sugerimos que acompanhe com mais afinco o quadro. Ele pode ter dislexia, um distúrbio genético, decorrente de falhas nas conexões cerebrais, que faz com que o indivíduo tenha dificuldades na hora da leitura e aprendizagem. 

O primeiro passo, caso o diagnóstico seja positivo, é desmontar a ideia de que a dislexia é uma doença. Nada de desespero! Ela é um transtorno neurobiológico que afeta cerca de 4% da população mundial e exige, sim, alguns cuidados, pois pode trazer uma série de consequências à criança, principalmente nas primeiras etapas de alfabetização. Contudo, o distúrbio, mesmo sendo crônico, pode ter os seus sintomas contornados.

Por isso, o acompanhamento dessa criança deve ser redobrado e plural. O diagnóstico pode até ser feito por um fonoaudiólogo ou neurologista, mas os pais e os professores devem participar do tratamento, a fim de que o aprendizado seja mais efetivo. Na pré-escola, por exemplo, já é possível identificar dificuldades em assimilar sons e grafias das palavras, confundindo e trocando as sílabas, além da omissão de sinais e letras. Com todo esse apoio, as crianças com dislexia podem ter sucesso na escola. #FicaADica

Como amenizar os sintomas?

Em entrevista ao programa Viver é Melhor!*, da Boa Vontade TV, a psicopedagoga e fonoaudióloga Maria Ângela Nogueira Nico deu dicas de como os pais e professores podem auxiliar os disléxicos, tornando os ambientes de estudo lugares calmos e de inclusão.

Além dos jogos e cartilhas, o apoio familiar é essencial. É necessário que exista um entendimento de que a dislexia não é falta de inteligência. Grandes personalidades são disléxicas, sabia? O físico alemão Albert Einstein, autor da Teoria da Relatividade Geral, tinha o transtorno. Dificuldade de aprendizado não significa desleixo com a educação. A autoestima da criança deve sempre ser fortalecida, não abalada! Portanto, mostre ao seu filho ou aluno, amigo ou familiar que ele é capaz de realizar tudo o que desejar!
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* Pela Boa Vontade TV, emissora da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o programa Viver é Melhor! vai ao ar de segunda a sexta-feira, sempre às 14 horas. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).