Fugindo da guerra
Imigrante angolana supera desafios com a ajuda da LBV de Portugal e agora estende as mãos para amparar outras famílias
Imigrante angolana supera desafios com a ajuda da LBV de Portugal e agora estende as mãos para amparar outras famílias
Leila Marco
06/03/2020 às 21h21 - sexta-feira | Atualizado em 06/03/2020 às 21h42
Núria Feliciano Luhame, 20 anos, é uma jovem angolana que chegou à cidade do Porto, Portugal, com apenas 2 anos de idade. Como muitos outros compatriotas — boa parte fugindo da Guerra Civil Angolana, que teve início em 1975 e continuou, com alguns intervalos, até 2002 —, a família dela se mudou para terras lusitanas em busca de melhores condições de vida e de uma colocação profissional.
A facilidade de comunicação — as duas nações têm a língua portuguesa como idioma oficial — ajudou também na escolha do país. Contudo, a exemplo do que ocorre com outros imigrantes, a adaptação à sua nova casa foi bem difícil, e a ajuda da Legião da Boa Vontade foi importante para ela e a família vencerem mais esse desafio. Além de receberem todos os meses uma cesta de alimentos, Núria e um de seus dois irmãos também foram atendidos pelo mesmo programa no qual hoje a jovem realiza serviços voluntários.
Entre os anos de 2013 a 2015, ela passava as tardes na Instituição, o que amenizava a solidão, tendo em vista a necessidade do pai de trabalhar e a perda precoce da mãe, em 2009, quando ela estava com 10 anos. “Tinha aulas de música, capoeira, estava com outras pessoas da minha idade... Então acabava sendo um tempo para fazer coisas interessantes”, lembra.
Para a jovem, o programa da LBV prepara cidadãos conscientes, solidários e resilientes: “A ideia de união que é transmitida, de que todos são iguais e de que temos os mesmos direitos e a amizade que fazemos ficam para a vida inteira. É uma ligação de família”.