Valorizando a primeira infância, promovemos um futuro melhor às crianças

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Recentemente, o Portal Boa Vontade falou sobre a importância da educação infantil, demonstrando os benefícios que ela favorece para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social das crianças. Sobre o assunto, o programa Sociedade Solidária*, da Boa Vontade TV, aprofundou recentemente o debate, tratando da a necessidade de potencializar políticas públicas voltadas à primeira infância. Para isso, entrevistou a coordenadora de programas da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), Gabriela Aratangy.

De acordo com a fundação, o período desde o nascimento até os seis anos de idade, chamado de primeira infância, deve ser mais valorizado. A ciência aponta que esta é uma fase de alto desenvolvimento cerebral da criança, o que interfere em toda a vida dela. Por isso, deve ser vivida de forma plena, sem intervenções que atrapalhem as funções cerebrais em evolução. Na primeira parte do programa é exibido um vídeo bem ilustrativo sobre essas as interferências. Confira!

Como demonstrado no vídeo, desenvolvido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, toda a boa integração possível deve ser oferecida às crianças, desde bem cedo, já que é a fase mais importante do ser humano e que não volta mais. Isso quer dizer que, para o pleno desenvolvimento integral de um cidadão, ele não deve ser considerado somente quando já adolescente, por exemplo, sendo assistido apenas por seus pais. É desde bebê que ele deve ter garantido o seu contato com a família, a possibilidade de alimentação nutritiva, os cuidados com a segurança física, moral e espiritual, um amplo oferecimento de trocas de experiências com outras pessoas, como pelos esportes, pela interação social em espaços de lazer adequados, entre outros benefícios.

E O QUE SE DEVE FAZER?

De acordo com a coordenadora de programas da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), os pais e educadores são agentes fundamentais para que os pequenos tenham suas prioridades garantidas de acordo com o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais. Por isso, “a criança não pode ser pensada só na ótica do profissional médico, nem só na ótica do profissional de educação. Ela tem que ser enxergada como um todo, para ser realmente desenvolvida em todo o seu potencial”, afirma. E isso implica em perceber todas as necessidades que contemplam a formação do pequeno, acompanhando como anda o desenvolvimento de políticas públicas para atendê-las.

A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal aponta algumas dicas sobre o que deve ser priorizado para o desenvolvimento infantil:

— Estimular e desenvolver as governanças locais, como prefeituras, câmaras municipais, entre outras, para construir políticas públicas integradas, que priorizem a promoção do desenvolvimento infantil. Exemplos delas seriam a garantia do crescimento do bebê com saúde, boa alimentação, construção de vínculos afetivos, educação infantil de qualidade, combate à violência e à discriminação;
— Conscientizar a população sobre o quanto a primeira infância é importante;
— E qualificar o atendimento das gestantes e crianças nos serviços de Saúde, Educação Infantil e Desenvolvimento Social.

Contribuindo para o assunto, vale destacar trecho em que o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto, também diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), chama atenção para o tema em seu livro É Urgente Reeducar!: “Num documento que enviei à ONU, por ocasião da Conferência do Status da Mulher, em março de 2009, reafirmo que a estabilidade do mundo começa no coração da criança. Por isso, na LBV, há tantos anos, aplicamos a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. O afeto que inspira a nossa linha pedagógica, tomado em seu sentido supino, é, além de um sentimento de Alma elevado, uma estratégia política, igualmente compreendida na sua índole mais exalçada, em consonância com a Justiça Social, como uma estratégia de sobrevivência para o indivíduo, povos e nações”.
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* Pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV), o programa Sociedade Solidária vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e às 23h30, e aos domingos às 6h30 e às 20 horas.