Estudo confirma: uma taça de vinho ou cerveja já traz sérios riscos à saúde

As bebidas alcoólicas estão relacionadas com uma em cada 10 mortes de pessoas com idades entre 15 e 49 anos

Da redação

26/08/2018 às 13h59 - domingo | Atualizado em 28/08/2018 às 11h57

O consumo de álcool, mesmo que pouco - ou socialmente, como dizem por aí, representa riscos para a saúde, de acordo com um grande estudo feito sobre o impacto da substância no organismo. Só para se ter uma ideia: mais de três milhões de mortes no mundo, por ano, poderiam ser evitadas caso bebidas álcoolicas fossem riscadas da rotina das pessoas.

Você que sempre acompanha o Portal da Boa Vontade sabe o quanto alertamos sobre isso, inclusive nas duas dimensões:

Prejuízos espirituais do consumo do álcool
Bebidas álcoolicas e direção: mistura perigosa
Consequências espirituais dos vícios

Esses são só alguns conteúdos para ilustrar!

Mas, apesar de ser tão amplamente tratado do tema, há ainda quem possa dizer: "Ah, mas um copo só não faz mal a ninguém!". Muito embora já tenha sido tratado do tema há tempos, um novo estudo vem trazer um alerta sobre a gravidade do tema. 

O levantamento, divulgado nessa sexta-feira, 24 de agosto, pela respeitada revista médica The Lancet, vem reforçar o alerta. A partir de um estudo feito em 195 países, entre os anos de 1990 e 2016, os pesquisadores listaram uma série de motivos que devem contribuir para a mudança de consciência de quem ainda minimiza o impacto no organismo de "só" uma dose — e ainda nem leva em conta as consequências espirituais. 

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4 dados que mostram o quanto o álcool está devastando a saúde de quem o ingere

Veja algumas das conclusões a que chegou o estudo, que identificou os homens como maiores consumidores da substância (representando 63%):

1. Beber um copo por dia durante um ano aumenta em 0,5% – entre as pessoas de 15 a 95 anos – o risco de sofrer um dos 23 problemas relacionados com o álcool, entre eles câncer, doenças cardiovasculares, AVC (acidente vascular cerebral), sem mencionar acidentes e o estímulo à violência;

2. Em 2016, o uso de álcool foi o sétimo fator de risco principal para mortes prematuras e de invalidez no mundo, representando 2,2% das mortes femininas e 6,8% dos óbitos masculinos.

3. Neste mesmo ano, o consumo de álcool foi a principal causa de morte entre as pessoas com 15 e 49 anos (acidentes em estrada, suicídios, tuberculose). As bebidas alcoólicas estão relacionadas com uma em cada 10 mortes desta faixa etária.

4. A partir dos 50 anos, o câncer representa a principal causa de mortes associadas à substância.

Ilustração: William Luz

Essa ilustração foi utilizada no artigo do escritor Paiva Netto Em defesa da sociedade, que você pode ler na íntegra.

Ainda sobre o mito de que uma "só" dose não tem problema

Conforme o primeiro item da lista acima, o consumo da substância — mesmo que eventual — representa sérios riscos à saúde. A taxa de mortalidade no mundo aumenta em 100.000 casos por ano, só levando em conta o impacto daqueles que bebem um copo por dia, detalha a médica Emmanuela Gakidou, do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME, Universidade de Washington), coautora do estudo.

“Os riscos para a saúde associados à substância são enormes”, assegura. Segundo Gakidou, esses resultados reforçam outras pesquisas recentes, que destacaram “correlações claras e convincentes entre o consumo de álcool e a morte prematura, o câncer e os problemas cardiovasculares”.

“O mito de que um ou dois copos por dia é bom é apenas um mito”, aponta. Apenas o “álcool zero” minimiza o risco global de doenças, ressalta.

Aqui no Brasil, o estudo ganhou destaque pela divulgação por veículos de comunicação, entre elas, a revista EXAME.

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Álcool e suicídio: outra devastadora relação 

O Correio Braziliense deu destaque neste domingo, 26, a um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que relaciona o consumo da substância às ocorrências de suicídio. 

Para chegar a essa conclusão, foram analisados exames toxicológicos mais de 1,7 mil casos de pessoas que tiraram a sua própria vida, na cidade de São Paulo, entre 2011 e 2015. Mais de 30% das vítimas apresentavam diferentes concentrações de teor alcoólico no sangue. Entre os homens essa porcentagem chegou a 34,7%. A maior parte dos analisados (49%, correspondente a adultos jovens, com idade entre 25 e 44 anos. Dentro dessa faixa etária mais de 61% apresentavam álcool no sangue).

Aqui fica um importante alerta: tão importante quanto se prevenir e cuidar da própria saúde, é zelar por aqueles que estão à nossa volta! Compartilhe esse conteúdo para que essas informações possam salvar a vida de outras pessoas.