Outono: Especialista alerta para aumento de casos de conjuntivite em crianças na estação
Da redação
20/03/2014 às 11h19 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00
Rio de Janeiro, RJ — Constante irritação nos olhos, coceiras que não terminam e vermelhidão podem identificar a presença de conjuntivite. Além disso, o tempo seco, ácaros, mofo ou queda de temperatura são alguns dos fatores para o aumento dos casos durante o outono, de acordo com especialistas.
O oftalmologista Alexandre Pereira listou ao Portal Boa Vontade uma série de orientações sobre a doença. De acordo com ele, a conjuntivite é provocada por vírus. "Atualmente, ela tem uma característica hemorrágica na mucosa do olho que, apesar de ser muito vermelha, não significa que seja mais grave", explicou.
Por ter um sistema imunológico mais frágil, as crianças estão mais propícias a desenvolver a doença. "Os pais devem estimular hábitos de higiene e de limpeza das mãos. O outro olho fica contaminado quando a mão passa na vista afetada e entra em contato com a que estava sadia", alertou.
A automedicação é contraindicada em qualquer caso e não é diferente na conjuntivite. Receitas caseiras ou o uso de medicamentos sem orientação de um especialista podem agravar o quadro clínico. O soro fisiológico é o único que pode ser utilizado sem prescrição: "Ele evita que algumas conjuntivites se proliferem por bactérias. [O soro] gelado tem efeito anti-inflamatório".
Segundo o especialista, em alguns casos, a lágrima fica mais grossa após o fim do surto, causando uma sensação desconfortável. Por isso, é preciso atenção ao uso de colírios. "Alguns que proporcionam alívio dos sintomas podem aumentar o tempo que a criança fica com conjuntivite ou deixar cicatrizes na córnea dos olhos."
ESTAÇÃO DE TRANSIÇÃO
O outono é caracterizado por uma estação de transição entre o verão, que é normalmente quente e úmido, e o inverno frio e seco. Ao longo da estação, as entradas de massas de ar frio vindas de latitudes mais altas provocam queda nas temperaturas no Sul, Sudeste e parte sul do Centro-Oeste do País, trazendo um ar mais seco. Em algumas localidades do Sul e das serras do Sudeste, podem ocorrer geadas, especialmente a partir de maio. Os nevoeiros também começam a ser observados ao longo da estação, devido ao resfriamento noturno e inversão térmica nessas regiões.
Assim, observa-se redução na precipitação em áreas do Centro-Oeste, Sudeste e interior nordestino nos meses de abril, maio e junho, com volumes entre 100 e 300 milímetros. Em áreas do sudeste do Piauí, centro-oeste da Bahia e norte de Minas Gerais, os valores climatológicos de chuva são ainda menores, em torno de 100 milímetros. Por outro lado, a chuva fica mais intensa na faixa norte da Região Norte e da Região Nordeste, ficando em torno de 700 milímetros. No litoral nordestino, se inicia a estação chuvosa. No sul do País, as chuvas ficam em torno dos 400 milímetros no trimestre.
As temperaturas sofrem redução gradativa ao longo da estação, com mínimas entre 10°C e 18°C (inferiores a 10°C nas serras) e máximas entre 20°C e 28°C no Centro-Sul. No Norte, Centro-Oeste e Nordeste do País as temperaturas mínimas ficam em torno de 18°C a 24°C e as máximas em torno de 28°C a 32°C. No Sudeste, as mínimas ficam em torno de 14°C a 20°C e as máximas em torno dos 26°C.
