Entenda o impacto da Internet das Coisas para sua vida
A Internet das Coisas veio para revolucionar a maneira como você enxerga e lida com a tecnologia. Saiba tudo sobre essa novidade.
Nathan Rodrigues
13/09/2019 às 10h55 - sexta-feira | Atualizado em 19/09/2019 às 10h15
A Internet das Coisas veio para revolucionar a maneira como você enxerga e lida com a tecnologia.
Vivemos em uma era de intensa evolução tecnológica. E não é surpresa perceber que, junto com esse aparato digital, novos termos foram adicionados ao vocabulário digital, enquanto outros ganharam novas significações.
Um exemplo disso é a própria Internet das Coisas. Você sabe o que significa esse termo?
Se não, está na hora de acostumar-se com ele.
Ela será mais uma ferramenta que desempenhará importante papel em seu dia a dia.
A tecnologia está tão presente em nosso cotidiano que os Amigos da Humanidade de Cima Superior já destacaram, em diversas Mensagens Espirituais, seu papel fundamental para a propagação das Sagradas Lições do Cristo Ecumênico.
(Embora os próprios Amigos Espirituais tenham pontuando as consequências do uso incorreto e desmedidos dessas ferramentas).
Entenda agora o conceito e as vantagens por trás dessa nova (e já aplicável) tecnologia.
O que é Internet das Coisas?
A Internet das Coisas (IdC ou IoT, na sigla em inglês) é um conceito tecnológico que prega a conexão entre itens do nosso cotidiano, por intermédio de uma complexa rede de dados e da internet.
Nesta associação, a pessoa interage e se comunica constantemente com esses objetos e outros indivíduos.
Essa fusão é mais tangível do que você possa imaginar, amigo(a) leitor(a).
É cada vez mais frequente o surgimento de carros, eletrodomésticos, maçanetas, relógios, fones de ouvido, mesas e até roupas e tênis com conexão à internet, computadores e smartphones.
Não à toa, para muitos estudiosos, essa é a última etapa do processo de desenvolvimento da computação.
A expressão foi utilizada pela primeira vez pelo cientista Kevin Ashton, em 1999, para designar o uso de tecnologias que pudessem ligar diversos aparelhos e objetos diferentes, facilitando a vida das pessoas.
Aplicação
De acordo com uma pesquisa da Gartner, empresa norte-americana de consultoria, teremos, em 2020, 25 bilhões de objetos conectados à internet.
Isso representa um crescimento exponencial sobre os 4,8 bilhões registrados em 2015.
Leia o estudo completo, em inglês.
A consultoria conclui, portanto, que a Internet das Coisas estará cada vez mais presente na vida de todos.
Vale destacar que a aplicação da IdC estará sempre condicionada à análise dos dados gerados pelos dispositivos conectados.
Já é possível ver resultados bem expressivos de seu uso em muitos serviços e processos, como mostraremos a seguir.
5 impactos da Internet das Coisas para sua vida
Ao estabelecer essa rede de aparelhos conectados entre si e às pessoas, a Internet das Coisas abre espaço para inúmeras possibilidades, impactando positivamente a vida das pessoas.
Algumas dessas conexões ainda escapam à nossa imaginação; outras, contudo, já trazem benefícios. Olhe só:
1. Big Data
A área de business será totalmente afetada por essa revolução tecnológica. E é bom pontuar que muitas empresas já usam essa onda de informação como estrutura de negócios.
Imagine, neste mundo cada vez mais conectado, a quantidade de informações que esses dispositivos vão produzir?
Por isso, o manejo desses dados será fundamental para o futuro (ou fracasso) de um negócio.
Empresas de todos os portes terão que trabalhar duro para descobrir meios de armazenar, rastrear, analisar e fazer uso dessa grande quantidade de dados.
E a Internet das Coisas veio para acelerar ainda mais esse processo de análise de dados.
2. Cidades inteligentes
As Nações Unidas estimam que, até 2050, 2/3 da população mundial viva em ambientes urbanos.
Esse cálculo reforça a importância de fazer com que as cidades estejam adequadas para receber essa superpopulação, transformando-as em lugares sustentáveis e organizados.
Nesse contexto, a Internet das Coisas ajudaria a melhorar a infraestrutura dos ambientes em que vivemos.
Com o armazenamento e o uso adequado desses dados, será possível desenvolver sistemas de transporte, de controle de resíduos, de energia, e até de execução das leis.
Eis um exemplo do bom uso da IdC: em Barcelona, na Espanha, o uso de água para irrigação em jardins e fontes públicas já é controlado digitalmente, evitando desperdícios, e o sistema de iluminação pública tem postes dotados de sensores de presença, usados como roteadores para conexão wi-fi.
3. Agilidade nos tratamentos médicos
A tecnologia também entrou no universo médico, contribuindo para um monitoramento mais preciso das condições do paciente.
Dispositivos vestíveis, que medem batimentos cardíacos, pulso e pressão sanguínea, já são utilizados em alguns países, mantendo os médicos informados a todo tempo.
Em relação a pacientes que enfrentam risco constante, esses dispositivos também são usados em casa.
Vale pontuar ainda a participação da Internet das Coisas no controle de epidemias como a de ebola, que estourou em 2015 na África.
Com dados transmitidos via bluetooth, reduziu-se a necessidade de interação física de médicos com pacientes infectados, ajudando no controle da transmissão da doença.
Leia mais sobre o case do Instituto de Pesquisa Scripps.
Além disso, a IdC pode contribuir para a criação de sistemas eficazes para a manutenção de vacinas protegidas, principalmente em regiões mais precárias.
Compartilhamos com você a experiência Vaccine Smart Fridge, que monitora, em tempo real, o estado das vacinas.
Esse sistema funciona através de sensores, que se encontram na própria geladeira portátil e estão conectados a uma plataforma digital.
4. Limpeza do ar e da água
Não é de hoje que reiteramos por aqui como podemos diminuir a poluição do ar e evitar o desperdício de água.
Por intermédio da utilização de sensores, plataformas e softwares especializados, a Internet das Coisas trabalhará para detectar condições de anormalidade em sistemas climáticos, açudes ou represas.
Essa coleta de dados permitiria uma atuação preventivamente mais eficaz, detectando situações ou perfis de risco.
Em Londres, na Inglaterra, a Drayson Technologies criou um sistema que mede o nível de poluição do ar.
Os sensores, plugados em carros e bicicletas, transmitem as informações para o aplicativo da empresa, que consolida as informações e monta um mapa digital da qualidade de ar em pontos da cidade.
Conheça esta iniciativa internacional.
Estima-se que nove mil londrinos morram por ano por conta de problemas respiratórios.
5. Combate ao desperdício de comida
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informa que 1/3 da comida produzida no mundo é perdida ou estragada em algum momento do abastecimento — por ano!
(Como isso nos preocupa, já listamos 6 maneiras de evitar o desperdício de alimentos e até 9 formas de reaproveitar comida).
Para reduzir o problema, a Internet das Coisas pode monitorar processos de irrigação, polinização e fertilização do solo.
Dessa maneira, ao atuar no ambiente rural, a IdC pode fornecer relatórios a fazendeiros.
A startup israelense Prospera já realiza esse trabalho, oferecendo um software de gestão para que os produtores gerenciem suas vendas e evitem perdas no transporte das mercadorias.
Saiba mais sobre esse trabalho.
Na África, que sofre com logística, empresas têm atuado para ajudar pequenos produtores a canalizar seus produtos rapidamente a distribuidores.
Segurança e privacidade
Como você pôde ver, a Internet das Coisas traz uma infinidade de possibilidades. Esse futuro (não muito distante), no entanto, não está livre de alguns desafios.
Neste mundo ultraconectado, a segurança e a privacidade dos usuários são questões sensíveis e bastante discutidas.
Especialistas acreditam que a Internet das Coisas também aumentará os riscos à segurança da informação.
Como garantir que todos os dados armazenados nestes dispositivos estejam a salvo? E mais, como evitar as ações de hackers ou situações críticas na transferência dessas informações?
O ideal é que as empresas e os usuários olhem com mais cuidado para as senhas, evitando colocar padrões como “admin”, “12345” ou datas de nascimento ou casório em seus dispositivos.
Isso é um cuidado básico, mas que garante navegar com segurança na internet e na IdC.
No fim das contas, o problema maior não é a tecnologia em si, mas o uso feito dela. ;)
IdC é o futuro da internet?
Se levarmos em conta a rapidez com que as coisas estão evoluindo, é correto afirmar que sim. A rede 5G, inclusive, já está adaptada para a Internet das Coisas.
Por isso, espere mais produtos e iniciativas conectados à rede, que oferecem aos usuários recursos e funcionalidades extras.
Regulamentação
O avanço da IdC desperta, como não poderia deixar de ser, interesse de autoridades públicas, de governos a agências reguladoras.
Aqui, no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está com consulta pública aberta para ouvir a sociedade sobre quais regras devem incidir sobre esse sistema de tecnologias.
A decisão foi tomada após o anúncio do Plano Nacional de Internet das Coisas, pelo governo federal.
À Agência Brasil, o sr. Pietro Delai, gerente de programas para software e soluções na nuvem para América Latina da consultoria global IDC, afirmou:
“O plano nacional de Internet das Coisas da China foi publicado sete ou oito anos atrás. O nosso estamos publicando agora. Mas, em termos de implementação na América Latina, a gente está bem. Temos uma infraestrutura de tecnologia da informação no país que já tem condições de suportar projetos de Internet das Coisas.”
O que podemos concluir?
A Internet das Coisas veio para revolucionar a maneira como nos relacionamos com a tecnologia.
Sua aplicabilidade é imensa, atingindo as áreas da saúde, do transporte, bem-estar, agricultura, pecuária, indústria e por aí vai...
Contudo, ainda há muitas preocupações com esta nova tecnologia. Nesse mundo conectado, há uma discussão ferrenha a respeito da infraestrutura e da segurança e privacidade dos usuários.
Numa realidade cada vez mais digital, é primordial garantir a proteção dos dados dos usuários.