Tabagismo é uma doença, uma dependência química, mas tem cura

O cigarro mata milhões de pessoas por ano — entre fumantes ativos e os que são expostos à fumaça. Saiba como não fazer parte desta estatística.

Karine Salles

30/08/2021 às 10h40 - segunda-feira | Atualizado em 30/08/2021 às 10h54

A melhor escolha é não fumar". A frase marca a campanha de combate ao tabagismo realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) deste ano. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, a ação dá continuidade à campanha Comprometa-se a parar de fumar, cujo objetivo é reforçar as ações nacionais de conscientização sobre os danos sociais, de saúde, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

Na campanha de combate ao tabagismo deste ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) preparou cartilhas para profissionais de saúde, que incluem um questionário básico a ser respondido pelos pacientes com perguntas relativas ao hábito de fumar.

O documento é parte das ações estratégicas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para estimular o cidadão a deixar o cigarro. Na  cartilha estão incluídas orientações para o profissional de saúde sobre como orientar um paciente fumante a parar com o hábito. A abordagem pode ser feita em poucos minutos e em qualquer atendimento - seja em uma consulta médica, psicológica, nutricional, assistencial, odontológica, de atividade física ou estética. Acesse a cartilha.

Dados da OMS indicam que cerca de 60% dos usuários de tabaco em todo o mundo querem parar, mas apenas 30% da população mundial tem acesso a serviços apropriados para deixar o vício.

Os riscos do fumo para a saúde do corpo e da alma

Abandonar o uso do tabaco não é uma tarefa fácil, pois a dependência do fumo é um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos. Estudos confirmam que poucos usuários conseguem com sucesso em sua primeira tentativa, porém não é motivo para desistir. A perseverança é uma forte aliada para enfrentar esse desafio com lucidez e clareza e alcançar o objetivo de largar o cigarro.

Além de todos esses malefícios ao corpo, fumar traz diversos prejuízos para a alma. Afinal, "estamos corpo, mas somos Espírito", como ensina o presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto. A Religião Divina esclarece que as situações e atitudes do cotidiano repercutem em nossa trajetória espiritual eterna. As escolhas do presente geram não apenas resultados imediatos, mas consideráveis efeitos no futuro próximo, que também inclui a existência após o fenômeno chamado "morte", porque "existe Vida no Mundo Espiritual", afirma o líder da Religião do Amor Universal.

Portanto, o consumo do álcool ou outras drogas (lícitas ou ilícitas) provoca graves sequelas ao Espírito daqueles que o fazem. E comprometer a saúde física, em virtude dos maus hábitos cultivados, comprometendo a duração e a qualidade de vida de forma deliberada, é forma de suicídio e contribui para a infelicidade do Espírito por longo tempo, no Mundo Espiritual

Tabagismo é uma doença, uma dependência química, mas tem cura. Para um tratamento bem-sucedido, é necessário que esse fumante fique atento às situações que o faz fumar. "Para que ele consiga viver sem cigarro, ele deve aprender a passar por todas as situações do dia a dia, principalmente do estresse, sem fumar", ressaltou o pneumologista Ricardo Meirelles. O tratamento medicamentoso vem a facilitar para que a pessoa consiga deixar de fumar com qualidade, sem sofrimento e possa viver sem cigarro a vida toda.

Mas até quando se tornar escravo do vício? Sobre os resultados favoráveis de dizer NÃO a ele, o pneumologista Alberto Araújo declara: "a pessoa terá a satisfação de haver recuperado a direção de uma parte da sua vida que até agora dependia do tabaco. Trocando em miúdos: a pessoa passará a assumir o controle de sua vida, antes dominado a cada tarefa que fazia pela presença do cigarro, antes, durante ou depois". Os benefícios obtidos ao parar de fumar incluem aumento da qualidade de vida, melhora do paladar e do olfato, economia de dinheiro, respiração mais livre e fácil, além do odor mais agradável no corpo.

"Todo dia é dia de renovar nosso destino"

Com esta afirmativa do jornalista Paiva Netto, a história da dona Clési Bastos, da cidade de Glorinha, RS, teve um final feliz. Em entrevista, ela destacou que por meio da Religião do Terceiro Milênio encontrou forças para vencer o vício depois de 30 anos. "Com o tempo passando, o corpo já não é mais o mesmo e é aí que a gente vê os malefícios que o cigarro faz. Por exemplo: atividade física [não fazia] nenhuma, porque tu já estás sem ar, a pele envelhece, tá sempre mal cheirosa".

E foi graças a Fé Realizante aliada à perseverança que a sra. Clési encontrou uma nova oportunidade. "Quando eu decidi que minha casa se tornaria uma Igreja Familiar decidi que tinha que ser o exemplo. Cuidar bem do meu corpo, cuidar da minha família. Eu pensei: ‘Como vou ser exemplo se estou sempre fumando?’. A partir deste dia decidi que não ia mais fumar. Pedi ajuda ao meu Anjo da Guarda e a Jesus".

Neste momento, o apoio familiar é fundamental para quem quer parar de fumar. "Quando eu tomei essa decisão eu falei com meus filhos, com meu marido. Minha filha Elisa me disse que desde que aprendeu a escrever, todo sábado colocava o pedido na Pia Sagrada para que eu parasse de fumar. Agora que eu vou ter mais força, mais perseverança para seguir na minha decisão". E finalizou: "já caminho, já ando de bicicleta, já respiro melhor. Agradeço a força de Jesus, pois Ele me ajudou a ter perseverança, a não ser imprudente".

“Quando a gente quer realizar alguma coisa, realiza. Não acreditem nesse negócio de que é difícil. As coisas só são difíceis para as pessoas difíceis. As pessoas simples, essas realizam coisas extraordinárias.” (Paiva Netto)

________________
Com informações da Agência Brasil