Hipertensão: saiba como reconhecer os sinais da pressão alta
A enfermidade não tem cura, mas é de fácil diagnóstico e o paciente tem a chance de seguir com a vida tranquilamente ao incluir novos hábitos em seu cotidiano
Karine Salles
26/04/2022 às 07h54 - terça-feira | Atualizado em 28/09/2023 às 12h58
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a hipertensão já afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Considerada silenciosa, por não ter sintomas, é também um importante fator de risco para outras doenças, como infartos e acidentes vasculares cerebrais. Também conhecida como pressão alta, a enfermidade afeta 1 em cada 4 homens e 1 em cada 5 mulheres.
Evidências mostram que mais da metade das mortes por doenças cardiovasculares são atribuídas à hipertensão, algo que pode ser agravado pela ingestão excessiva de sal. Adultos que consomem diariamente mais de 2 mil miligramas de sódio – equivalente a 5 gramas de sal por dia – têm maior risco de desenvolver a enfermidade. Reduzir a ingestão de sal pode prevenir hipertensão e doenças cardiovasculares.
Ainda segundo a OMS, embora seja simples de diagnosticar hipertensão e relativamente fácil de tratar com medicamentos de baixo custo, cerca de 580 milhões de pessoas com a condição nunca foram diagnosticadas e mais da metade das pessoas com hipertensão, ou um total de 720 milhões de pessoas, não estavam recebendo tratamento.
De acordo com o nefrologista Décio Mion, especialista em hipertensão arterial, a pressão alta tem consequências muito graves, como o derrame, o infarto e a paralização dos rins. "O que acontece é o endurecimento das artérias, que podem entupir ou romper. No infarto, elas entopem. No acidente vascular cerebral, elas podem entupir ou romper, causando o derrame que a gente chama isquêmico hemorrágico", explica. Essas complicações são responsáveis por mais de nove milhões de mortes em todo o mundo.
Por isso, é preciso conhecer os sinais da pressão alta, os números ideais da tensão do sangue nas artérias. "Recomendamos que os adultos meçam a pressão pelo menos uma vez por ano. E, se existem casos na família, pode ser a cada seis meses, porque o mais importante é o diagnóstico precoce", ressaltou o especialista. A Sociedade Brasileira de Hipertensão indica que a pressão considerada normal é aquela que, na média, é igual ou inferior a 12 por 8 mmHg.
“A dica para diminuir o uso do sal é utilizar temperos à base de ervas aromáticas, que realçam o sabor, além de não deixar o saleiro à disposição em cima da mesa. Quanto ao açúcar, preferir alimentos com pouca ou sem adição de açúcar, doces à base de frutas e substituir o açúcar (ou pelo menos parte dele) no cafezinho, suco, por adoçantes dietéticos”, sugere a nutricionista Carolina Godoy. “Todos devem ficar de olho nas embalagens dos produtos e ler a tabela nutricional.”
PREVENÇÃO
Colocar o respeito à saúde como prioridade é fundamental. Além do cuidado material com o corpo físico, deve-se ter a consciência de que cada um é responsável pelas consequências que o descuido com a saúde implica ao Espírito, pois a falta de cuidados com o corpo pode comprometer o tempo de vida na Terra, com isso, prejudicar a própria trajetória de evolução espiritual.
O Portal Boa Vontade reforça a todos que é bom evitar ao uso de temperos prontos e caldos concentrados, ricos em sódio, glutamato monossódico, entre outras substâncias, além de praticar atividades físicas e evitar o estresse. Vale destacar que pessoas obesas e sedentárias que exageram no sal e no álcool têm mais chances de ter pressão alta.
Mesmo sem cura, o paciente consegue seguir com a vida tranquilamente ao incluir novos hábitos em seu cotidiano. "A pessoa deve estar dentro do peso correto, praticar atividades físicas, não exagerar no sal e evitar o estresse", salienta o nefrologista. Ele ainda reforça: "as pessoas obesas e sedentárias que exageram no sal e no álcool têm mais chances de ter pressão alta". Uma simples mudança de estilo de vida é suficiente para controlar a pressão. Confira algumas dicas: