Veja a importância da vacinação contra a poliomielite

Da redação

15/09/2022 às 08h19 - quinta-feira | Atualizado em 11/10/2022 às 10h13

Recentemente mostramos aqui, no Portal Boa Vontade, que pesquisadores da Fiocruz alertam para risco de retorno da poliomielite no Brasil, isso porque é baixa a cobertura vacinal, além disso o Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de 95% do público-alvo vacinado, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença. Apesar de o Brasil ser certificado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como livre da poliomielite desde 1994, corre grande risco da doença ser reintroduzida no País. 

Para tentar melhorar esse cenário, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, porém 16% dos brasileiros consideram desnecessário aplicar nos filhos vacinas contra doenças que já não circulam mais no país, segundo dados do Inquérito de Cobertura Vacinal das crianças nascidas em 2017 e 2018. 

A DOENÇA

A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença causada por um vírus chamado poliovírus. O poliovírus invade o nosso sistema nervoso e, nos casos mais graves, pode causar paralisia. Ela afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas também pode acometer adultos. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.

Como é a transmissão da poliomielite?

A transmissão acontece diretamente de uma pessoa para outra através de gotas muito pequenas que saem da nossa boca e nariz quando falamos, tossimos ou espirramos. A transmissão também pode acontecer quando a pessoa tem contato direto com fezes contaminadas ou bebe água ou come alimentos contaminados.  O vírus da pólio se desenvolve na garganta ou no intestino e se espalha pela corrente sanguínea. Ao chegar ao sistema nervoso central (medula e cérebro), o vírus ataca os neurônios e pode provocar paralisia. Locais sem saneamento básico e boas condições de moradia e higiene são mais atingidos pela doença. 

Vacina da reação? Quais são as possíveis reações adversas das vacinas contra a poliomielite?

Geralmente, as reações adversas são passageiras e desaparecem em 24 a 48 horas. Alguns efeitos são dor ou vermelhidão no local da injeção, febre moderada, dor de cabeça ou dor pelo corpo. 

Como proteger meu filho da poliomielite?

A principal forma de prevenção é a vacina. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece duas vacinas contra a pólio, que se complementam: a inativada e a atenuada.  A vacina inativada é aplicada por meio de injeção e deve ser tomada por bebês de 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a vacina atenuada via oral (em gotinhas). A vacina em gotinhas deve ser tomada entre os 15 e 18 meses e depois, mais uma vez, entre os 4 e 5 anos de idade. Cada dose da vacina corresponde a duas gotas. A vacina contra a pólio pode ser feita junto com as outras vacinas oferecidas no calendário de vacinação do Ministério da Saúde. 

IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

Nós, do Portal Boa Vontade, reforçamos que é fundamental aumentar e manter a cobertura de vacinação contra essa doença no país, além de detectar de maneira oportuna os casos por meio da vigilância de paralisia flácida aguda em menores de 15 anos. 

Reforçamos, ainda, que a melhor maneira de se proteger de inúmeras doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte é mantendo o calendário de vacinação atualizado. Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e de outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças.

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Com informações das Nações Unidas e da FioCruz