Como amamentar sem dor e desconforto?
Karine Salles
30/07/2015 às 16h35 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Assim que uma mulher recebe a notícia de que está grávida, ela é tomada por um misto de emoções que vai da alegria pela nova vida se formando em seu ventre ao ‘desespero’ de não saber como cuidar direito daquele ~serzinho~ tão pequeno. Afinal, gerar um filho é um ato de coragem, pois requer muita responsabilidade . E muitos questionamentos rondam a mente feminina nessa fase: "Serei uma boa mãe?"; "Vou saber dar de mamar?". E como ninguém nasce sabendo de tudo, é evidente que essa mãe, por mais que não esteja em sua primeira gestação, também tenha algumas dúvidas e busque novas informações. A amamentação é um desafio que desperta a curiosidade em quem irá passar por ele.
A nossa avó sempre dizia que comer canjica estimula a produção de leite; será mesmo? Há quem afirme que durante o aleitamento materno a mulher não pode comer chocolate e feijão, será? Mas a dúvida que mais paira sobre essas mulheres é sobre a dor na hora de amamentar. Pensando nessas mulheres, o Portal Boa Vontade vêm esclarecer uma série de dúvidas.
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Como já sabemos, a amamentação é um momento de interação entre mãe e filho, além de trazer vários benefícios à saúde dos dois. Proporcionar o leite materno é proteger a saúde do bebê de problemas como diarreia, otites, distúrbios respiratórios e infecções urinárias. O ginecologista e obstetra Jurandir Passos reforça que “até os seis meses de idade o leite materno contém tudo aquilo que a criança precisa para o seu desenvolvimento. Desde proteínas, carboidratos, sais minerais, ferro e a imunidade. A mãe transfere por meio do leite defesas contra várias doenças”, afirmou ao Portal Boa Vontade. E depois desse período, eles devem ser alimentados com substâncias complementares adequadas e seguras, continuando a amamentação até dois anos ou mais.
Porém, infelizmente, há casos de mulheres que deixam de amamentar seus filhos por causa dos desafios dessa fase. A principal queixa é ter o bico do seio rachado e sensível, o que causa inflamações e dificulta o aleitamento. Marisa Chrisostimo conta que quase desistiu de amamentar o pequeno Pietro. "Tive muita dor ao amamentar. Mas era um prazer ver ele mamando, pois eu sabia que o leite era essencial para ele”, afirmou.
É da superação desta dor que vêm um dos vínculos que, segundo o jornalista Paiva Netto, é dos mais divinizantes: "O que mais aproxima a mulher de Deus é o sentido da maternidade. Mesmo quando não seja Mãe carnal, há muitas formas sublimes de ser Mãe, inclusive dar à luz grandes realizações em prol da Humanidade".
Além dela, muitas mulheres se queixam de dor durante a primeira fase da amamentação. Então, como fazer para amamentar sem dor?
10 fatos que você precisa saber sobre a amamentação!
De acordo com a pediatra Marisa Aprile, o desconforto e a dor nos seios costumam ser causados porque a boca da criança está mal encaixada no peito da mãe. “A dor é o primeiro sinal de que alguma coisa não está bem. É preciso observar a pega e o posicionamento da criança no colo da mãe. Pois quando ela não abocanha o bico por completo, ela fica apenas sugando o mamilo e aí acaba rachando. A criança tem que pegar o peito com a boca aberta e englobar a aureola para conseguir tirar o leite”.
Mãe de primeira viagem, Marisa lembra que recebeu várias ‘receitinhas’ para combater as rachaduras e as dores, que nem sempre ajudam e, por não funcionarem, acabam fazendo com que muitas mães desistam da amamentação. “Eu passava o próprio leite no bico e continuei amamentando”. Além disso, ela lembra que doava o Banco de Leite. É um do processo cuidadoso, para garantir que o leite ofertado aos bebes seja de qualidade. Toda mulher que produz leite para seu bebê pode ser uma doadora e ajudar no aleitamento de outras crianças.
O Portal Boa Vontade reforça que, diante da dificuldade de amamentar, não desista! Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é por meio do aleitamento materno como único alimento ao longo dos primeiros meses de vida que podem ser reduzidos em até um quinto os índices de mortalidade infantil em países em desenvolvimento. Por mais que o começo seja dolorido, lembre-se que depois de alguns dias tudo vai melhorar. Portanto, mantennha-se firme. A recompensa é o que toda mãe deseja: um bebê saudável e bem nutrido!