Tom Jobim, um dos expoentes de música brasileira
Karine Salles
23/01/2017 às 09h34 - segunda-feira | Atualizado em 23/01/2017 às 11h07
Semanalmente, temos apresentado a vocês, leitores do Portal Boa Vontade, a seção Linha do Tempo. Nela, destacamos memoráveis depoimentos de personalidades sobre o trabalho da Legião da Boa Vontade (LBV), no Brasil e no exterior.
Para dar sequência à série, trazemos as palavras do saudoso compositor e músico Tom Jobim (1927-1994), um dos criadores da Bossa Nova e considerado um dos maiores compositores do século 20. Neste 25 de janeiro, se estivesse entre nós, completaria mais um ano de vida.
Antes de voltar à Pátria Espiritual (8 de dezembro de 1994), o consagrado músico apoiou uma campanha nacional para a construção do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da Legião da Boa Vontade — que foi inaugurado à zero hora de 25 de dezembro daquele mesmo ano, no Natal de Jesus, em Brasília, DF, pelo dirigente da LBV, José de Paiva Netto.
Em sua última aparição pública, ao gravar um clipe para a TV, ele deixou registrado seu apoio à iniciativa da LBV: “Eu acredito na Vida e gosto de viver. Isso aparece nas minhas composições. Mas agora eu quero convidar você para cantar uma canção diferente. O Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica é a Sinfonia da Solidariedade Universal. No Natal, dia 25 de dezembro [de 1994], em Brasília, será sua inauguração. Eu conto com você”.
BIOGRAFIA
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, RJ, em 25 de janeiro de 1927. É filho de Jorge de Oliveira Jobim e de Nilza Brasileiro de Almeida. Depois da morte do pai, sua mãe casou-se com Celso Frota Pessoa, que lhe deu muito incentivo para a vida musical, chegando a lhe presentear com um piano. Em 1940, sua mãe fundou o Colégio Brasileiro de Almeida.
Sua incursão na música ocorreu em 1941, com aulas de piano com o professor Hans Joachim Koellreuter. Estudou, ainda, com Lúcia Branco, Tomás Terán, Leo Peracchi e Alceu Bocchino. Cursou a Faculdade de Arquitetura, mas abandonou o curso um ano depois, para trabalhar como pianista.
No início de sua carreira, trabalhou como pianista em casas noturnas cariocas. Depois, em 1952 foi contratado pela Continental Discos com a função de fazer transcrições de músicas para registro. Em 1956, foi apresentado a Vinicius de Moraes, que viria a se tornar seu parceiro mais importante. Compôs, com Vinicius de Moraes, a canção "Chega de saudade", que marcou o início da bossa nova e que foi lançada por Elizeth Cardoso, em 1958.
Com o mesmo companheiro compôs, em 1962, uma das músicas mais gravadas em todo o mundo: "Garota de Ipanema". Sua história se confunde com a história da Música Popular Brasileira, tendo o nome reconhecido em todo o mundo.
Em 2014, foi inaugurada uma estátua sua em tamanho real na orla da praia de Ipanema, próximo ao Arpoador, no Rio de Janeiro. A escultora Christina Motta afirmou que teve como referência uma antiga foto de Tom com o amigo Vinicius de Moraes para fazer a estátua, que demorou 4 meses para ficar pronta e foi encomendada pela Prefeitura do Rio.
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Fonte da Biografia: Dicionário Ricardo Cravo Albin