Conheça os sintomas da Doença de Parkinson e saiba como tratá-la
Nathan Rodrigues
11/04/2016 às 09h58 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05
Qualquer diagnóstico médico causa preocupação. Mas o susto pode ser maior quando os exames apontam um quadro degenerativo, como a Doença de Parkinson. A enfermidade atinge, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população do planeta acima dos 65 anos. No Brasil, estima-se que 400 mil pessoas tenham essa doença.
E já que nesta semana comemorou-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson, o Portal Boa Vontade chama a atenção para essa enfermidade, pontuando que ela, apesar de ser degenerativa que atinge o sistema nervoso central, pode ser controlada, a fim de que os pacientes tenham uma boa qualidade de vida. A data especial, estabelecida pela OMS, em 1998, visa esclarecer a população sobre a doença, até porque a falta de informação faz com que muitos a confundam com outros males.
Identificado pela primeira vez em 1817, por James Parkinson, a doença crônica e progressiva, que se manifesta, em geral, a partir dos 60 anos. Ela é causada pela diminuição da produção da dopamina, neurotransmissor que atua na realização dos movimentos voluntários do corpo. Assim, com essa perda gradativa, o controle motor fica comprometido.
Dentre os principais sintomas do Parkinson, estão:
Tratamento
A doença é degenerativa e progressiva, mas especialistas garantem que os sintomas respondem bem às medicações. O tratamento do Parkinson inclui, entre outros procedimentos médicos, sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, acompanhamento psicológico e nutricional, para que os prejuízos causados pela enfermidade sejam reduzidos.
"A primeira orientação é para que a pessoa não entre em desespero, ela não é fatal", afirma Moacir Faustino, da Associação Brasil Parkinson. Ele reitera que, apesar de medicamentos, a busca por atividades físicas é imprescindível para o tratamento: "Faça qualquer tipo de exercício, natação, caminhadas, ações em clubes. Essas atividades contribuem para melhorar os movimentos do paciente, além de serem prazerosas".
Nos Lares para Idosos da Legião da Boa Vontade (LBV), por exemplo, os atendidos recebem um amplo trabalho de Fisioterapia, equipado com aparelhos, como o Tens (produto com função analgésica), ultrassom, massageador, bicicletas ergométricas, bolas de pilates e halteres. De segunda a sexta-feira, no período da manhã, os jovens da Melhor Idade participam de atividades de ginástica, cinesioterapia, alongamento e fortalecimento. "Se o tratamento for feito corretamente, os sintomas serão amenizados. Apesar de ser uma doença degenerativa, é possível ter qualidade de vida", explica o fisioterapeuta Edson da Silva Cunha Neto, do Lar Alzir Zarur, em Uberlândia, Minas Gerais.
Esqueça o estigma de que pessoas com qualquer enfermidade degenerativa não podem ter uma vida saudável. "Isso é mito", garante a fisioterapeuta Bruna Magalhaes, fisioterapeuta da Unidade da LBV em Teófilo Otoni, também em Minas Gerais. Com exercícios diversificados e especiais e um tratamento regrado, garante a profissional, "é possível melhorar a postura, a flexibilidade, o equilíbrio e diminuir a dor."