Leitura é hábito de 56% da população, indica pesquisa
Agência Brasil
19/05/2016 às 08h29 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05
A leitura é um hábito de 56% da população brasileira, segundo pesquisa divulgada nessa quarta-feira, 18, pelo Instituto Pró-Livro (IPL). Pela metodologia de estudo, para ser considerado um leitor, é necessário ter lido ao menos um livro nos últimos três meses. Ao todo, foram ouvidas 5 mil pessoas em todas as regiões do País, entre 23 de novembro e 14 de dezembro de 2015. Em relação aos dois últimos estudos feitos pela organização, o percentual de leitores variou pouco, eram 55%, em 2007, e 50% em 2011.
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Em média, os entrevistados disseram ter lido 2,54 livros nos últimos três meses, sendo 1,06 do começo ao fim. Entre os que têm o hábito da leitura, a média é de 4,54 livros no período, com 1,91 inteiro.
Para o presidente do IPL, Marcos da Veiga Pereira, a falta de tempo e o tamanho dos esforços necessários para difundir o hábito dificultam a ampliação do número de leitores. “Na escola você tem que ter um investimento no professor, na biblioteca escolar e no mediador de leitura. A gente precisa trazer esses programas, como o convívio com os autores”, sugeriu.
Preferências
Segundo o estudo, as bibliotecas ganharam espaço como local de leitura. Em 2007 e 2011, esses locais eram usados por 12% dos leitores. Na nova versão da pesquisa, referente a 2015, 19% dos entrevistados que costumar ler disseram usar a biblioteca para essa atividade. No entanto, a casa ainda é o principal local de leitura, utilizado por 81% dos leitores. Em seguida vem a sala de aula, com 25% da preferência dos leitores.
Apesar de 77% dos leitores terem dito que gostariam de ter lido mais, 43% disse que não o fez por falta de tempo. Entre os que não tem o hábito da leitura, 32% alegou a mesma razão para não se aproximar dos livros. Outros 28% disseram simplesmente que não gostam de ler e 13% que não tem paciência.
O percentual das pessoas que disseram não ter problemas para ler caiu de 48%, em 2007 e 43%, em 2011, para 33%, em 2015. Entre os que têm dificuldades, a limitação com maior número de menções é a falta de paciência (24%), em seguida estão os acreditam que leem muito devagar (20%) e os que tem problemas de visão (17%).