Lucinha Araújo

Nathan Rodrigues

14/07/2016 às 14h06 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Legião da Boa Vontade (LBV) recebeu, ao longo de seus 66 anos de existência, diversas homenagens pelo trabalho realizado em prol do povo brasileiro. E a seção Linha do Tempo resgata esses memoráveis depoimentos.

Priscilla Antunes
A presidente da Fundação Viva Cazuza, Lucinha Araújo, foi homenageada, em 2014, por crianças atendidas pela LBV.

Para dar prosseguimento à série, o Portal Boa Vontade destaca as palavras de Lucinha Araújo, presidente da Sociedade Viva Cazuza, que completa, em 2 de agosto, mais um ano de vida.

Ao comentar sobre o trabalho de amparo às crianças com HIV, Lucinha lembrou que, tão logo fundou a organização, recebeu o apoio da Legião da Boa Vontade, o qual, segundo ela, foi de grande valia para a expansão da iniciativa. “Quando abri a casa, recebi a primeira visita de uma agente da LBV que nos trouxe uma colaboração financeira. Sou agradecida por esta Instituição ter acreditado no meu trabalho, ter apostado em mim. Isso é um grande incentivo para continuar, principalmente, contra essa doença tão insidiosa como a aids, e foi na LBV que encontrei a primeira expressão de Solidariedade. Isso eu não vou esquecer. (...) A LBV já me ajudou mais de uma vez. Sempre que me convidarem a participar, irei com o maior prazer, porque aprecio muito o trabalho do Paiva Netto. Mande um grande abraço para ele”, disse.

Legado no Bem

O cantor e compositor Cazuza com a mãe, Lucinha Araújo.

Para aplacar a dor causada pela morte precoce do filho, o cantor e compositor Cazuza, Lucinha resolveu buscar um novo sentido para sua própria vida. "Foi um baque muito grande que não desejo a ninguém. Imagine perder o único filho, vítima de uma doença, no auge de seus 32 anos. Quando me vi sozinha, tinha duas estradas: deitar em uma cama até morrer junto com ele ou trabalhar para manter minha cabeça alerta", comentou em entrevista à revista BOA VONTADE, na edição 234, de dezembro de 2012.

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Após doar a renda de um show em homenagem ao poeta a um hospital, a mãe sentiu que podia fazer mais para ajudar outras pessoas. Surgia assim, em 1990, a Sociedade Viva Cazuza, que luta pela qualidade de vida de crianças e jovens soropositivos e, principalmente, pelo fim do preconceito contra os portadores da doença.

O trabalho à frente da organização rendeu à Lucinha Araújo, no ano de 1998, a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica na categoria Direitos Humanos. O troféu, entregue em cerimônia no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica — o ParlaMundi da LBV —, em Brasília, DF, está em sua sala de trabalho até hoje.