Em entrevista à Boa Vontade TV, dr. José Vicente destaca luta contra a intolerância racial

Nathan Rodrigues

08/08/2016 às 11h46 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

O fundador e presidente da Afrobras e reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, dr. José Vicente, concedeu, recentemente, uma entrevista para o programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 196 da NET e da Claro TV e 212 da Oi TV).  

J. C. Santos
Dr. José Vicente, presidente da Afrobras e reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, de São Paulo/SP.

Durante o bate-papo, dr. Vicente comentou a luta pelo fim da intolerância e ainda destacou o papel da tecnologia na promoção de diálogos sobre igualdade racial, pontuando também a importância desse meio para a valorização de todas as manifestações que formam a rica cultura brasileira.

Ao final da entrevista, o Amigo da Boa Vontade destacou o trabalho promovido pela LBV e de seu diretor-presidente pelo fim da intolerância. "Transmito um abraço ao presidente José de Paiva Netto, que a gente tem muita honra e alegria de poder ter como referência para o nosso trabalho. Somos pessoas que celebram o trabalho feito pela Legião da Boa Vontade e esperamos que estejamos juntos em outras oportunidades", disse.

Não perca! A entrevista será transmitida, em breve, pela Boa Vontade TV. O programa Sociedade Solidária é veiculado às terças e quintas-feiras, às 22 horas.

VENCENDO A INTOLERÂNCIA

Em pleno século 21, em meio ao crescente avanço científico e tecnológico, a Humanidade ainda sofre com a intolerância, seja ela racial, social ou de gênero. É preciso, portanto, vencê-la para que a sociedade possa, enfim, vivenciar uma Cultura de Paz.

Em seu artigo "Zumbi e Ecumenismo Étnico", o jornalista e escritor Paiva Netto reitera: "Zumbi deu o brado que nenhum Domingos Jorge Velho poderia abafar: Liberdade! Dignidade! Somos seres humanos! Morreu-lhe o corpo. Mas a Alma — quem conseguirá matá-la? — permanece... e se multiplica nas palavras e atos de um Patrocínio, Joaquim Serra, Luís Gama, Salvador de Mendonça, André Rebouças, Castro Alves, Joaquim Nabuco e de tantos outros negros, brancos, mestiços. Se ainda não há democracia étnica dentro de nossas fronteiras — embora o Brasil seja um povo de etnias mescladas, para cuja sobrevivência é essencial estar plenamente legitimada e vivida a sua brilhante mestiçagem —, é porque o espírito de senzala continua grassando. Contudo, é justamente na natureza miscigenada que consiste a sua força".