Projeto busca criar cidades amigáveis para pessoas com Alzheimer

Nathan Rodrigues

17/08/2016 às 09h26 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

O Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta a memória e outras importantes atividades mentais. Esse quadro clínico agrava-se com o passar dos anos, mas os sintomas podem ser amenizados com um tratamento médico adequado. Infelizmente, pela falta de conhecimento, é comumente confundida como um simples esquecimento natural da velhice.

E é essa percepção que o projeto Dementia Friendly Community pretende alterar (leia um artigo sobre o trabalho, em inglês). Aplicada na cidade de Abbiategrasso, nos arredores de Milão, a iniciativa da Alzheimer's Society busca inserir as pessoas afetadas por essa e outras patologias mentais na sociedade. Para isso, pretende mostrar, por intermédio de cursos informativos e outras ações, quais são as necessidades dos doentes e como eles podem contribuir positivamente para a cidade, quebrando estigmas e preconceitos.

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O projeto, que conta com o apoio do governo britânico, pretende quebrar alguns estigmas a respeito do Alzheimer.

O projeto ainda incentiva a reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho, além de oferecer condições para que participem de programas culturais. Dessa maneira, visa conscientizar a sociedade a viver de forma amigável com pessoas que sofram com o Alzheimer e outras doenças mentais.

Apoio é fundamental

O Alzheimer produz um impacto profundo no dia a dia do enfermo, limitando a capacidade do idoso realizar tarefas comuns, afetando o sono, o padrão alimentar e o comportamento. Por isso, é imprescindível o apoio de familiares, equipe médica e cuidadores no tratamento, que visa melhorar o desempenho funcional e a qualidade de vida do paciente. O isolamento não é nada interessante, pois só atrapalha o tratamento, possibilitando ainda o aparecimento de outras doenças, como a depressão.

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O isolamento não atrapalha somente o tratamento da doença, como abre possibilidade para o desenvolvido de outras enfermidades, como a depressão.

E embora não haja cura para o Alzheimer nem mesmo medicamentos que possam interrompê-lo, especialistas afirmam que manter a pessoa com uma boa qualidade de vida, incluindo uma alimentação saudável, e manter o cérebro ativo e com desafios são fatores efetivos para a prevenção da doença.

Música como terapia

Uma maneira muito interessante de manter o cérebro na ativa é a música e a ciência explica o porquê. Segundo um estudo do Instituto Max Planck de Neurociência e Cognição Humana de Leipzig, na Alemanha, realizado em 2015, mostrou que a doença não afeta a memória musical de um indivíduo com Alzheimer. 

Ciente disso, a campanha #MúsicasParaSempre busca aproximar famílias de pacientes de músicos, a fi mde transformar suas histórias em músicas. Ótima iniciativa, né?

Se nesse contexto a música funciona como um exercício para a mente, não podemos nos esquecer de que ela também funciona como um alimento para o espírito. Ao ouvir uma música que apresenta uma letra que transmita Paz, aliada a uma melodia tranquila, é inevitável que você seja entusiasmado pelo Bem que ela proporciona. Assim, ao fortalecer em seu íntimo os bons sentimentos, você se torna capaz de exteriorizar o que recebeu de Bom no momento em que a ouviu e tirar forças para superar momentos difíceis, por exemplo.

Esse é o intuito das Músicas Legionárias, que estão ligadas aos bons sentimentos que despertam, na Alma das pessoas,  sentimentos que as aproximam de influências espirituais elevadas, contribuindo com o nosso bem-estar material e, acima de tudo, espiritual.

Ouça mais Músicas Legionárias em nosso canal do Youtube. ;)

Sobre o Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca a perda de funções cognitivas, como a memória e a linguagem. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 36 milhões de pessoas sofrem desta patologia em todo o planeta, que pode chegar, até 2050, a 115 milhões registros. No Brasil, estima-se que haja 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico, justamente porque os sintomas tendem a ser confundidos com o processo de envelhecimento natural do indivíduo e outras enfermidades.

Essa doença, geralmente, manifesta-se na Terceira Idade. Para se ter ideia, a partir dos 65 anos, a possibilidade de manifestá-la dobra a cada cinco anos. Além disso, pessoas com histórico familiar têm mais chances de desenvolvê-la no futuro, se comparadas com aqueles sem antecedentes. Hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo também podem contribuir para que a enfermidade se manifeste precocemente.
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* Com informações da Agência Brasil