
Boas práticas socioeducacionais da LBV são compartilhadas na 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, da ONU
Da redação
07/03/2025 às 09h02 - sexta-feira | Atualizado em 07/03/2025 às 14h14

Evento reúne chefes de Estado, delegações governamentais, agências especializadas da ONU e organizações da sociedade civil para discutir os avanços e os desafios enfrentados por mulheres e meninas em todo o mundo.
De 10 a 21 de março de 2025, ocorrerá em Nova York, EUA, a 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, da Organização das Nações Unidas (ONU), que terá como foco principal a revisão e avaliação da implementação da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim e dos resultados da 23ª sessão especial da Assembleia Geral. Essa revisão incluirá uma avaliação dos desafios atuais que afetam a implementação da Plataforma de Ação, a conquista da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, além de sua contribuição para a realização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A Legião da Boa Vontade (LBV), entidade beneficente com mais de 75 anos de atuação nas áreas socioeducacional, humanitária e de comunicação social e educativa também participa deste relevante debate e compartilhará importante documento com recomendações e boas práticas de seu trabalho, com foco nas soluções dos desafios enfrentados por meninas e mulheres em todo o mundo.
Como contribuição também para as discussões, o documento da LBV traz ainda a mensagem fraterna constante do artigo “Fraternidade Realizadora”, de autoria do presidente da Instituição, o educador José de Paiva Netto, em que ele ressalta o decisivo papel que as mulheres têm desempenhado em frentes de ação e em cargos decisórios. Ele afirma:
“A mulher tem sido o sustentáculo verdadeiro de todas as nações, quando integrada em Deus ou nos ideais mais nobres a que um ser humano possa aspirar: a Bondade Suprema, o Amor Fraterno, a Justiça Supina, a Fraternidade Real — mesmo não professando uma tradição religiosa. (...) Congratulamo-nos com as vitórias alcançadas por meio das metas globais de desenvolvimento propostas pela ONU, a partir de 2000. Sabemos, porém, que há muito ainda a fazer pelo próximo. Daí a importância dos temas debatidos pelos estados membros, delegações internacionais, autoridades e demais participantes das reuniões promovidas todos os anos pelas Nações Unidas durante a Comissão do Status da Mulher.
Trata-se de oportuno momento para avaliar os acertos e empenhar-se ainda mais nas melhorias que devem ocorrer, visando a soluções, por exemplo, no campo da educação, da saúde, no combate à pobreza e à violência, entre as quais a hedionda exploração sexual de mulheres, jovens e meninas. Jamais podemos esmorecer no que se refere à luta pela causa da dignidade humana e pela erradicação das desigualdades sociais e de gênero no mundo. É inadmissível que no planeta, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada três mulheres sofra algum tipo de violência (física e sexual), tendo como autor, por vezes, o próprio parceiro. É fundamental que igualmente se avance para a extinção da diferença de salários entre os gêneros, no acesso mais equânime a posições gerenciais no mercado de trabalho e na divisão dos afazeres domésticos entre homens e mulheres. Enfim, trata-se sempre de garantir os princípios de cidadania e os direitos humanos.
A propósito, acreditar que possa haver direitos sem deveres é levar ao maior prejuízo a causa da liberdade. Quando situo — é importante esclarecer — os deveres do cidadão acima dos seus próprios direitos, em hipótese alguma defendo uma visão distorcida do trabalho, em que a escravidão é uma de suas facetas mais abomináveis. Por isso, queremos que todos os seres humanos sejam realmente iguais em direitos e oportunidades, e cujos méritos sociais, intelectuais, culturais e religiosos, por mais louvados e reconhecidos, não se percam dos direitos e liberdades dos demais cidadãos. Porquanto, Liberdade sem Fraternidade Ecumênica é condenação ao caos”.
LBV na ONU
Em virtude da ampla abrangência de seus programas, serviços e ações e da excelência no trabalho realizado, a Legião da Boa Vontade mantém relação consultiva com a Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1994, por intermédio do Departamento de Comunicação Global (DCG) desse organismo internacional e, desde 1999, com o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, no qual a Instituição possui status consultivo geral, o grau máximo de reconhecimento que uma Entidade pode alcançar junto a esse Órgão.