Jornalista e escritora Nélida Piñon

Nathan Rodrigues

29/04/2016 às 15h31 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Legião da Boa Vontade (LBV) recebeu, ao longo de seus 66 anos de existência, diversas homenagens pelo seu trabalho realizado em prol do povo brasileiro. E a seção Linha do Tempo, do Portal Boa Vontade, resgata esses memoráveis depoimentos. 

A escritora Nélida Piñon

Para dar sequência à série, trazemos as palavras de Nélida Piñon, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), jornalista e escritora, que completa, em 3 de maio, mais um ano de vida.

Amiga de longa data do diretor-presidente da Entidade, a renomada escritora, afirmou, em certa ocasião: “Tenho um prazer muito especial de poder dirigir-me a esse grande brasileiro que é José de Paiva Netto. Um amigo querido e cujo trabalho venho acompanhando há anos, não só eu, Nélida, mas todo o Brasil, porque ele está à frente de uma das mais importantes instituições do país, que é a Legião da Boa Vontade. Uma Obra paradigmática, voltada para a Caridade, a Bondade, para os melhores sentimentos do Ser Humano. À frente, como lhes dizia, dessa Instituição, que é José de Paiva Netto, passou e passa sua vida, porque é um homem jovem, com muita energia, servindo ao seu ideal. É um destino muito bonito que cumpre ao nosso lado, sob a égide da nossa admiração, porque servir ao próximo como ele o faz, eu não posso ver nada mais precioso, como diria São Paulo; ele ressaltava a Cáritas, que, na verdade, é o Amor. O Amor ao próximo é o sentimento mais avassalador e extraordinário do Ser Humano. Então, neste momento em que ele, a Instituição e todos nós celebramos anos de serviços prestados à grande causa brasileira, humanitária, nós não podemos deixar de estabelecer esses parâmetros e manifestar apreço e admiração (...).”

Sobre a LBV, comentou: "Há entre nós uma parceria antiga, desde o centenário [da ABL], quando fui presidente desta Casa, em 1996/1997. São laços de amizades que renovamos sempre. Há mútua gratidão".

Nélida Piñon é a quinta ocupante da cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Aurélio Buarque de Holanda. Eleita em 1989, foi recebida, em 3 de maio de ano seguinte, pelo acadêmico Lêdo Ivo. Em 1996-1997 tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a Academia Brasileira de Letras, no ano do primeiro centenário da Casa.

Formada em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), tem obras traduzidas para países como Alemanha, Itália, Espanha, União Soviética, Estados Unidos, Cuba e Nicarágua. Seus títulos renderam-lhe diversas honrarias, como o Prêmio Mário de Andrade, pelo romance A casa da paixão; Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo romance A República dos sonhos; Prêmio Golfinho de Ouro, pelo Conjunto da obra, entregue pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro; Prêmio Internacional de Literatura Juan Rulfo, o mais importante da América Latina e do Caribe, concedido pela primeira vez a uma mulher e a um autor de Língua Portuguesa (1995), entre outros.
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Fonte biográfica: www.academia.org.br