Jornalista Glória Maria volta à Pátria Espiritual

Divulgação

Na manhã desta quinta-feira, 2, voltou à Pátria Espiritual, a renomada jornalista Glória Maria. Ela estava lutando contra um câncer, que vinha sendo tratado há alguns anos.

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta. Em 1970, foi levada por uma amiga para ser rádio-escuta da Globo do Rio. Glória também chegou a conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. 

Em mais de 40 anos de carreira, a jornalista ficou conhecida pelas matérias especiais, suas viagens explorando os mais diferentes locais e culturas do mundo e por entrevistar grandes celebridades. Nessa trajetória, conquistou vários admiradores pelo trabalho desempenhado, tornando-se muito querida também entre os colegas de profissão. Para ela, para ser um bom repórter, basta: "ter amor pelo que faz, pela verdade e tem de ter respeito pelo telespectador", enumerou. 

Arquivo Pessoal

Em entrevista à revista LBV (Ed. 45, de abril de 1995), contou um pouco da sua trajetória na profissão. Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. "Eu comecei a trabalhar no telejornalismo numa época em que ele praticamente não existia na televisão, era uma coisa que estava começando, uma semente. Depois, eu sou mulher e não era uma área muito feminina, além de ser mulher negra, o que é mais difícil ainda, quando você tem de aparecer. Ser repórter pra mim é vencer a dificuldade de cada dia. Isso não vai acabar nunca, mas também é o que me faz gostar da profissão. Quanto mais você tem desafios, mais aprende. Um repórter não pode perder nunca a vontade de aprender, a consciência e a humildade de saber que não sabe nada, porque a cada dia aprende uma coisa nova".

Sobre o trabalho desenvolvido pela Legião da Vontade (LBV), Glória afirmou: "Tudo que se faz para ajudar, para proteger o menor pobre, é fundamental. Se você tem uma instituição que consegue ajudar milhares de crianças que precisam, tem de parar para pensar e prestar atenção nessa instituição, ver o que ela precisa e ver o que a gente pode fazer por ela, porque a LBV não pode fazer sozinha esse tipo de trabalho. Cada um tem de fazer da maneira como a LBV faz. Todos têm que ajudar um pouquinho. Muitos falam que o problema é social, mas é mesmo de educação. É necessário dar comida e educação: isto é o básico. Por isso o trabalho da LBV é fundamental. Tomara que vocês continuem ajudando cada vez mais crianças, que as pessoas tenham consciência desse trabalho e deem uma força, ajudem. Se cada um fizer um pouquinho, a gente consegue resolver essa situação".

A LBV e seu presidente, José de Paiva Netto, que nos ensina que "os mortos não morrem", enviam as mais sinceras vibrações de Paz ao Espírito Eterno da querida Glória Maria, extensivas às filhas Laura e Maria, amigos e aos admiradores de seu trabalho.

_____________________________________
Com informações do Memória Globo