Volta às aulas: dicas para gastar pouco com material escolar
Planejamento e pesquisa são palavras-chave para garantir a economia
Juliane Nascimento
31/12/2023 às 11h35 - domingo | Atualizado em 24/12/2023 às 01h25
Em poucas semanas as férias escolares terminam e se você tem criança e adolescente na escola sabe que precisa comprar o material escolar, certo?! Para não sair comprando e gastar mais que o necessário é essencial se organizar.
Confira as dicas dos economistas e instituições que reunimos para não pesar no seu bolso:
Analise a lista e veja o que pode ser reaproveitado
O primeiro passo é ter a lista em mãos para avaliar todos os materiais e ver quais precisam, de fato, ser comprados.
Itens como lapiseiras, lápis, canetas, réguas e mochilas, por exemplo, não precisam ser trocados todos os anos. Confira o que está em bom estado e pode ser reutilizado, riscando da lista de gastos.
Pesquise e compare preços
Para aquilo que não pode ser reaproveitado nem repaginado, resta ir às compras. O Procon-SP orienta que o consumidor faça um comparativo de preços, tanto em lojas online quanto nas lojas físicas. Isso por que, levantamento realizado pela instituição apontou diferenças que podem chegar a mais de 260% nos preços dos itens escolares de uma loja para outra. Veja a pesquisa completa aqui.
No caso do online, o ideal é buscar descontos e cupons, que sempre são disponibilizados em épocas de maior demanda, como no começo do ano. Atenção também aos fretes: os sites podem tentar compensar os descontos aumentando o valor do transporte, portanto, faça o cálculo para ver se aquele valor faz sentido.
É importante ficar atento aos descontos cumulativos — ainda que produtos específicos estejam mais baratos em outros estabelecimentos, caso o consumidor compre apenas em um lugar, o desconto pode ser maior.
Os materiais com personagens e desenhos podem sair muito mais caros do que a média. Você pode adquirir os neutros e personaliza-los para que fiquem a cara da criança e, de quebra, você conseguir economizar na compra. Experimente convidar o seu filho para fazer essa personalização.
Nem tudo precisa ser comprado no começo do ano
Existem materiais utilizados desde o primeiro dia de aula. Outros, como materiais de artes, podem servir mais adiante no ano letivo. Os pais podem conversar com professores e responsáveis da escola para saber quais desses itens podem ficar para depois. “Essa pode ser uma alternativa boa para aquelas casas cuja situação financeira está apertada no começo de ano”, afirma o representante do Procon, José Bonifácio Ferreira Novellino.
Deixe as crianças e adolescentes em casa
Ainda que exista um planejamento rigoroso, é impossível ignorar o emocional na hora de ir às compras. Portanto, se possível, a recomendação de especialistas e institutos é que as crianças e adolescentes não participem diretamente do processo.
“A melhor maneira de evitar gastos supérfluos e a compra de itens mais caros é não levar as crianças para a compra do material escolar, mesmo que elas insistam”, diz o especialista.
Caso isso não seja possível, José Bonifácio Ferreira Novellino, afirma que pode ser um bom momento para a educação financeira. “A criança ou adolescente pode começar a entender os limites do que pode ser comprado ou não”.
Fique de olho no custo-benefício
Por vezes, pagar um pouco mais caro por um material elimina um gasto adicional ao longo dos anos. Uma mochila de boa qualidade, por exemplo, pode durar muito mais do que apenas um ano letivo.
Então, é fundamental ficar de olho no custo-benefício dos materiais que está comprando, para não acabar tendo que repor esses produtos por falta de qualidade. “Pagar barato não é sinônimo de boa compra”, destaca o especialista.
No mais, a escola não pode exigir marcas ou locais de compra específicos para o material, nem que os produtos sejam adquiridos na própria escola, exceto para artigos que não são vendidos no comércio, como apostilas pedagógicas próprias, alerta o Procon-SP.
Caso o consumidor considere a lista escolar abusiva ou tenha dúvidas quanto ao pedido de materiais, deve procurar primeiramente a instituição de ensino. Caso não seja resolvido, o Procon deve ser acionado.