Câncer de próstata: 7 dados preocupantes sobre a doença
O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens. Ainda assim, muitos preferem não conversar por medo ou desconhecimento.
Nathan Rodrigues
11/11/2019 às 17h25 - segunda-feira | Atualizado em 12/11/2019 às 12h12
O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Ainda assim, muitos preferem não conversar sobre a doença, por medo ou desconhecimento.
Para derrubar de vez este estigma, selecionamos 7 dados preocupantes sobre o câncer de próstata para mostrar a você a importância dos exames preventivos.
1. O câncer de próstata responde por 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino. Fica atrás apenas dos tumores de pulmão e intestino.
2. No Brasil, é a segunda causa de morte por câncer em homens, registrando mais de 14 mil óbitos.
3. Estatísticas dos Estados Unidos revelam que um em cada seis homens pode desenvolver a doença no decorrer da vida.
4. A idade é um fator de risco. Tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
5. Não à toa, o câncer de próstata é considerado um tumor da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
6. A maioria desses tumores cresce tão lentamente que não dá sinais durante a vida. Para atingir 1 cm³, chega a levar 15 anos.
7. O adenocarcinoma é responsável por 95% dos tumores malignos de próstata.
O que é câncer de próstata?
É um tumor que afeta a próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.
Órgão pequeno, em forma de maçã, a próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
Em seu estágio inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa e pode não apresentar sintomas.
Quando apresenta, os sinais são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).
Na fase mais avançada da doença, provoca dor óssea, sintomas urinários ou infecção generalizada e insuficiência renal.
Câncer de próstata tem cura?
É possível curar-se do câncer de próstata, mas isso vai depender do estágio da doença.
Por isso, a detecção precoce do tumor aumenta, e muito, as chances de sucesso do tratamento. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 90% dos casos diagnosticados em fase inicial têm cura.
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos (em pessoas que apresentam sintomas) ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Estes exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).
O tratamento mais adequado deve ser individualizado e definido após médico analisar os riscos e benefícios de cada hipótese.
Quando a doença atinge somente a próstata, são recomendadas a cirurgia, radioterapia e até mesmo a observação vigilante.
Em caso de o tumor já ter avançado, se espalhando para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
Novembro azul
Para conscientizar a população quanto à importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o movimento Novembro Azul foi criado, no ano de 2003, na Austrália.
Em todo o mundo, monumentos e pontos turísticos participam da campanha, ganhando uma iluminação especial.
No Brasil, o Templo da Boa Vontade, localizado em Brasília, adere tradicionalmente à campanha.
Aclamado pelo povo como uma das Sete Maravilhas da capital federal, o TBV 'pintou-se', neste mês, de azul (que remete à cor do laço que simboliza a ação).
Além disso, as Escolas da Legião da Boa Vontade (LBV) no Rio de Janeiro e em São Paulo também se 'vestiram' com a cor da mobilização internacional.
A LBV ainda realiza, no decorrer de novembro, uma série de ações de conscientização aos estudantes, pais e responsáveis.
* Com informações do Inca e do Ministério da Saúde.