Hora de diminuir o sal da alimentação!
Especialista apresenta os perigos do consumo excessivo de sal
Karine Salles
31/03/2014 às 15h55 - segunda-feira | Atualizado em 19/09/2019 às 15h20
Por conta da correria do cotidiano, é comum que as pessoas não prestem atenção à saúde. Alimentam-se de forma incorreta, não selecionam bem o que é ingerido, comem com pressa e em quantidade inapropriada. Ações que dão margem ao surgimento de diversas doenças, como a Hipertensão Arterial (HAS).
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a HAS afeta cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Considerada silenciosa por ser assintomática, a enfermidade é também um importante fator de risco para outras doenças, como infartos e acidentes vasculares cerebrais.
Uma das causas da hipertensão é o abuso do sal e dos alimentos industrializados. O brasileiro, por exemplo, consome, em média, mais do que o dobro da quantidade recomendada — 4 gramas diárias. Embora o sódio faça parte naturalmente dos alimentos, a parte excessiva é adicionada pelos consumidores e produtores durante o preparo, consumo e fabricação dos alimentos. “O sódio participa de diversas reações químicas dentro do organismo, [inclusive] nas contrações musculares, o que influencia na pressão arterial”, explicou a nutricionista Juliana Poledo, ao programa Viver é Melhor, da Boa Vontade TV.
Por isso, é recomendada a redução do consumo de sal. Temperos prontos, enlatados, embutidos e produtos ultraprocessados são ricos em sódio e devem ser evitados. “Ele é muito utilizado justamente para conservar os alimentos, temos o sódio acondicionado em preparações prontas para o consumo, como diversos tipos de biscoitos, bolos e pães. Então é uma infinidade de alimentos que a gente compra no supermercado que contém sódio, inclusive adoçantes”.
Juliana ainda destaca que "o sódio é filtrado nos rins. Por conta disso, o consumo excessivo acaba influenciando negativamente na função renal. Se o adolescente consome excessivamente, não vai sentir os efeitos disso naquele momento. O risco de um erro alimentar normalmente se dá à longo prazo". Desta maneira, deve-se optar sempre por produtos que possuem pouca quantidade de sódio.
Ainda segundo a nutricionista, existe no mercado “algumas variações de sal em que [encontra-se] uma quantidade menor do sódio como, por exemplo, o sal light”. É interessante que o consumidor crie o hábito de olhar o rótulo. Uma das maneiras mais práticas de se diminuir o consumo de sal é comparar a quantidade de sódio nos alimentos. Vire a embalagem e dê uma olhadinha naquela tabela, olha os ingredientes ali indicados”.
A HAS não tem cura, mas é de fácil diagnóstico e o paciente tem a chance de seguir sua vida tranquilamente ao incluir novos hábitos em seu cotidiano. Mudanças simples de estilo de vida são suficientes para controlar a pressão. É bom evitar a utilização de temperos prontos e caldos concentrados, ricos em sódio, glutamato monossódico, entre outras substâncias, além de praticar atividades físicas e evitar o estresse. Vale destacar que pessoas obesas e sedentárias que exageram no sal e no álcool têm mais chances de ter pressão alta.
EXCLUSIVO NA WEB
Ao programa Viver é Melhor, da Boa Vontade TV, a nutricionista Juliana Poletto explica como é a formação do paladar e por que que ocorre a ingestão de água durante uma refeição com excesso de sal. Assista!
O programa Viver é Melhor vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 14 horas, pela Boa Vontade TV. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 910 (custo de uma ligação local + impostos).