ISTs: 4 bactérias que podem ameaçar a saúde pública
Segundo a OMS, estima-se que haja a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis por dia no mundo.
Gabriele de Barros
11/02/2019 às 14h32 - segunda-feira | Atualizado em 15/02/2019 às 16h45
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativo, podendo ainda ser passada da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Essa expressão passou a substituir a terminologia Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), pois destaca justamente a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que haja a ocorrência de mais de um milhão de casos de ISTs por dia no mundo.
Ao ano, são contabilizados aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoniase.
E essa atitude desregrada no sexo, que não leva em conta os laços amorosos e espirituais, caracterizada pela irresponsabilidade, falta de cuidado e consciência, traz uma série de perigos ao corpo e também ao Espírito — como abordaremos mais adiante.
Entre as diversas infecções que compõem o grupo de doenças transmitidas por meio de relações sexuais sem proteção, vale ressaltar quatro bactérias que podem se tornar sérias ameaças à saúde pública:
1. Neisseria meningitidis
O que é: a Neisseria meningitidis (igualmente chamada de meningococo) pode causar meningite invasiva, uma infecção potencialmente mortal para o cérebro e para as membranas protetoras da medula espinhal. No entanto, ela também é apontada como causadora de infecções urogenitais.
Contágio: aproximadamente entre 5% e 10% dos humanos adultos carregam a Neisseria meningitidis na parte de trás do nariz e da garganta, sendo chamados de portadores sadios. Assim, estudos sugerem ser possível transmitir a bactéria para os parceiros através de relações sexuais, beijos profundos ou outros tipos de contato íntimo.
Principais sintomas: febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez na nuca e/ou manchas vermelhas na pele.
Tratamento: é feito com antibióticos e deve ser iniciado o mais rápido possível. Se necessário, a medicação também poderá ser feita com corticosteroides para diminuir a inflamação.
Como se prevenir: são necessárias outras medidas além da vacinação, como manter todos os ambientes bem ventilados, evitar transitar em ambientes muito fechados e sem ventilação, lavar as mãos frequentemente com água e sabão e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Nós já falamos sobre a meningite por aqui. Para outras informações sobre a doença, você pode clicar AQUI.
2. Mycoplasma genitalium
O que é: essa é considerada uma das menores bactérias e infecta cerca de 1% a 2% das pessoas, especialmente adolescentes e adultos jovens. Como a infecção pode desencadear uma doença inflamatória pélvica no sistema reprodutor feminino, ela tem sido ligada a infertilidade, ao aborto espontâneo, ao parto prematuro e até a morte fetal.
Contágio: a transmissão dessa bactéria acontece por relações sexuais desprotegidas. Segundo um estudo publicado no International Journal of Epidemology, a maioria dos homens e mulheres com a infecção apresentaram comportamentos sexuais considerados de risco, como ter relações desprotegidas com um grande número de parceiros.
Dessa forma, as bactérias ficam alojadas nos órgãos genitais, que, durante o ato sem proteção, acabam tendo fácil acesso aos órgãos do(a) parceiro (a), alojando-se em um novo hospedeiro.
Principais sintomas: a mycoplasma genitalium, apesar de muitas vezes não apresentar sintomas, é facilmente confundida com outras ISTs, como clamídia ou gonorreia, ocasionando irritação persistente na uretra e no colo do útero, ardor e dor ao urinar, dores durante as relações sexuais e febre.
Tratamento: feito com o uso de antibióticos, que devem ser usados pela pessoa infectada e pelo seu parceiro para evitar novas infecções.
Como se prevenir: a melhor forma de se prevenir contra a mycoplasma genitalium é pela proteção durante o ato sexual. E como ela se trata de uma infecção assintomática, o ideal é realizar exames periódicos, a fim de diagnosticar qualquer possível problema de saúde.
3. Shigella flexneri
O que é: a shigelose, também conhecida como disenteria bacteriana, é uma forma de intoxicação alimentar com diarreia sanguinolenta, que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Shigella.
Contágio: é transmitida por contato direto ou indireto com fezes humanas. Embora a infecção seja mais comumente associada a crianças pequenas e a pessoas que viajam para países de baixa e média renda, os cientistas acreditam que a Shigella flexneri se aproveitou de um novo nicho para a transmissão através do ato sexual entre homens e, desde então, levou a vários surtos em todo o mundo.
Principais sintomas: fortes dores estomacais e diarreia com a presença de sangue e muco, o que ajuda a perpetuar a transmissão das bactérias. A shigelose também vem acompanhada de febre e dores intestinais, além de apresentar riscos como a desidratação e a extensão da hemorragia.
Tratamento: é semelhante para todos os tipos de diarreias — por meio da administração de líquidos eletrolíticos (ou água com sal e açúcar) para evitar a desidratação. Pode também ser indicado o uso de antibióticos.
Como se prevenir: uma forma de prevenção é ter uma boa higiene e evitar alimentos e água contaminados.
4. Linfogranuloma venéreo (LGV)
O que é: infecção crônica que se caracteriza pelo aparecimento de uma ferida ou elevação da pele na região genital, ou gânglios da virilha genital, que dura de três a cinco dias e não é facilmente identificada pelos pacientes.
Contágia: a transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada.
Principais sintomas: o principal sintoma é a presença de feridas indolores na região íntima e normalmente desaparecem sozinhas depois de 3 a 5 dias. Porém, voltam a surgir apresentando um aspecto inflamado, com pus e sangue, causando outros sintomas como febre; mal-estar; vômitos; dor de cabeça, nas costas e nas articulações; falta de apetite e outros.
Tratamento: o tratamento do LGV pode exigir um ciclo de antibióticos durante três semanas. Lembrando que o(a) parceiro(a) da pessoa infectada também deve ser tratado.
Como se prevenir: o uso de preservativos durante o ato sexual pode reduzir o risco de infecção, assim como a higienização da região íntima.
Consequências espirituais do sexo desregrado
Como dito anteriormente, a prática de relações sexuais sem responsabilidade causa muito mais consequências do que se pode imaginar, tanto materiais como espirituais. O presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto, esclarece em seu ensaio literário Evangelho do Sexo, no subtítulo “A iguaria da Alma”, página 30:
“O organismo precisa de vitaminas, de alimento material. Diziam os antigos, com muito acerto, que 'saco vazio não se põe de pé'. Com o Espírito assim também ocorre. Só que a iguaria da Alma é o Amor, um patrimônio de Deus que Ele generosamente reparte com Seus filhos.
Hoje se confunde Amor com sexo. Sexo é bom, mas sem Amor, conforme destaco anteriormente, enfara. Pior, torna-se ameaça de doença venérea transmissível. Quem ama não vai buscar distração lá fora, pondo em perigo a quem nele confia.
Por isso, é urgente integrar Sexo e Amor, Amor e casamento”.
Você pode conferir a matéria completa AQUI.
E como complemento destas informações trazidas no texto, trouxemos um trecho do programa Viver é Melhor, da Boa Vontade TV, em que o dr. Valdir Pinto, do Programa Estadual e Municipal de DST/Aids, esclarece as formas de prevenção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Vale a pena conferir: ;)
E lembre-se: qualquer pessoa sexualmente ativa, independentemente de faixa etária, classe social ou opção sexual, pode contrair uma IST, basta praticar sexo inseguro. Por isso, é importante agir com responsabilidade ;)
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*Com informações dos sites BBC, Minha Vida e Tua Saúde.