
Música pode ajudar no tratamento contra hipertensão, diz estudo
Para os pesquisadores, a música aumenta a absorção dos remédios pelo organismo.
Nathan Rodrigues
27/04/2018 às 16h02 - sexta-feira | Atualizado em 27/04/2018 às 17h18
A música pode oferecer uma série de benefícios, agindo positivamente na saúde das pessoas e até funcionando como uma importante ferramenta pedagógica nas escolas. Nós, inclusive, já mostramos, em um interessante texto, todos as vantagens do estudo de música.
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Eis aqui uma outra prova de que a música opera decisivamente em favor de nossa saúde. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) realizou um estudo e mostrou que a música pode intensificar os efeitos de medicamentos contra a pressão alta. Show, né? A pesquisa, feita em parceria com a Faculdade de Juazeiro do Norte, a Faculdade de Medicina do ABC e a Oxford Brookes University, da Inglaterra, identificou os benefícios dessa associação em 37 pacientes.
Clique aqui e leia o estudo feito pela Unesp.

Os participantes foram acompanhados em duas ocasiões. Na primeira delas, eles escutaram música durante uma hora, logo após tomarem o medicamento. Na segunda, os remédios eram administrados, mas os pacientes usavam fones sem melodia alguma.
A conclusão? O professor do Departamento de Fonoaudiologia da Unesp, Vitor Engrácia Valent, contou à Agência Brasil: “Concluímos que a música intensificou, em curto prazo, os efeitos benéficos do medicamento anti-hipertensivo sobre o coração”.

Os efeitos da música foram verificados graças a um método da variabilidade da frequência cardíaca, que tem mais precisão e sensibilidade para avaliar as alterações no coração. Entre os efeitos observados estão a desaceleração dos batimentos e a redução da pressão arterial.
Efeitos da música à saúde
No estudo, os pacientes foram estimulados com músicas instrumentais e populares. Desde 2012, o grupo tem pesquisado os efeitos da música sobre o coração. Nos experimentos anteriores, foram utilizadas músicas eruditas.
Para os pesquisadores, a música aumenta a absorção dos remédios pelo organismo. “[A música age sobre] um nervo que estimula o sistema gastrointestinal, causa uma vasodilatação, aumenta a absorção do intestino nos animais. Uma hipótese é que a música acelerou a absorção do medicamento pelo intestino”, explicou o coordenador do trabalho.
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Além de potencializar o tratamento em pacientes cardíacos ou hipertensos, Valenti acredita que a música pode se tornar um método auxiliar para prevenir o desenvolvimento da doença em pessoas com essa propensão. “A música pode ser associada com o medicamento para melhorar ainda mais a saúde dos pacientes, até preventivamente, quando a pessoa tem risco de desenvolver uma doença cardiorrespiratória”, acrescentou.
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* Com informações da Agência Brasil.