Estudo mostra TV como fator para a obesidade infantil
Especialistas advertem ainda que ela é a principal causa de diversas enfermidades na fase adulta.
Karine Salles
29/04/2015 às 02h30 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
É na primeira infância que pais e médicos precisam ficar atentos ao ganho de peso das crianças. O sobrepeso e a obesidade infantil afetam cerca de 46% dos brasileirinhos, de acordo com o Ministério da Saúde. Por isso, é muito importante que a alimentação seja controlada, pois é nesse momento que a criança precisa receber vitaminas para fortalecer o organismo, além de ser uma fase na qual a garotada cria os hábitos que continuam em grande parte da vida. Especialistas advertem ainda que a obesidade é a principal causa de diversas enfermidades na fase adulta.
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Alimentação inadequada, sedentarismo e hereditariedade são alguns dos fatores que contribuem para o excesso de peso nos pequenos. Porém, a televisão mais uma vez foi apontada como a vilã para a obesidade infantil. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos, observaram que as crianças que ficam pelo menos uma hora por dia na frente do aparelho têm duas vezes mais risco de se tornarem obesas ou terem problemas com a balança. “Hoje em dia, as crianças passam o dia inteiro na frente da televisão ou do computador e tem uma alimentação com muitas calorias, existe uma chance muito grande de elas serem obesas”, afirmou a endocrinologista pediátrica Denise Ludovico.
Sem contar que essas crianças acabam 'petiscando' lanchinhos nada saudáveis e ficam expostas à publicidade de produtos alimentares, induzindo-as à ingestão. De acordo com Mark DeBoer, professor de pediatria e coordenador do estudo, "nós não recomendamos mais do que uma hora de TV por dia. Recomendamos que os pais colocam limites quando seus filhos assistem e substituir o tempo de visualização por oportunidades para a atividade física e educativas". Por isso, trazemos o alerta aos pais e responsáveis sobre o preocupante quadro, ressaltando a importância em oferecer um cardápio balanceado e saudável, bem como estimular a prática de atividades físicas.
Ao Portal Boa Vontade, a nutróloga infantil e gastropediatra Kátia Machado Baptista alerta sobre os riscos de uma alimentação constituída com grandes porções de gorduras e açúcar, afirmando que “são alimentos sem teor nutricional bom. As frituras são gorduras que não são interessantes para o organismo, promovem o infarto, entupimento de artérias, derrame cerebral, anemia, desnutrição, obesidade".
Esse trabalho, no entanto, não se restringe apenas na escolha de um bom cardápio. É preciso incentivar outros hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas, e incluir toda a família nesse processo. “Vários estudos mostram que se a criança vive em um ambiente em que se pratica atividade física e tem uma alimentação saudável, mesmo tendo uma tendência genética em ganhar peso, não desenvolve a obesidade”, reitera a nutróloga.
O Portal Boa Vontade lembra que não apenas o tempo exagerado na frente da televisão, mas todos as atividades que estimulam o sedentarismo, como computadores, videogames, tablets e smartphones, que são perigosos pelos pequenos.
