Está difícil educar os filhos? Que tal SE REEDUCAR?

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A missão de educar as crianças, sabemos, é desafiadora! Ter um dia cansativo de trabalho, vários problemas para resolver e, ao chegar em casa, lidar com birras e comportamentos inadequados dos pequenos pode tirar a gente do sério vez ou outra. Neste contexto, é comum nos vermos perdidos, sem saber o próximo passo a dar, ou gastando tanto nossas energias a ponto de nos irritarmos facilmente.

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Contudo, sabemos que estamos aqui na Terra para evoluir como Espíritos Eternos, e por isso não podemos nos esquecer de que os desafios com as crianças fazem parte da nossa aprendizagem! Portanto, mesmo que pareça impossível alguns dias, as falhas têm de ser corrigidas pelos pais, tios, avós e quem mais ama. E talvez, a solução para a educação verdadeira dos seus filhos esteja em você mesmo, ou você mesma. Como assim? Calma, vamos explicar. =)

BOAS AÇÕES: para mostrar como fazer

Tatiane Oliveira

Na correria diária, é difícil perceber o quanto o nosso comportamento influencia também na forma de agir dos pequenos. Para a educação, o ditado popular “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” não serve. Afinal, as crianças não aprendem apenas com aquilo que se diz a elas, mas principalmente com os exemplos que observam.

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Ao ser entrevistada pelo programa Vida Plena*¹, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV), a psicopedagoga Camila Leon afirmou ser “muito importante que os pais tenham consciência de que são exemplos. Quando o pai se descontrola no trânsito e acaba xingando, os filhos acabam recebendo essa informação e reproduzindo isso”. Logo, as crianças estão simplesmente devolvendo o que recebem e, por isso, não há razão para “surpresa” se começarem a falar palavrões também.

É como tem ensinado, há anos, o educador Paiva Netto. Em seu livro É urgente reeducar!, o escritor esclarece: “Reclama-se de que crianças e jovens na rua assaltam, matam, invadem as casas, aborrecem as outras crianças e jovens que têm meios mais fartos de viver. Elas, porém, somente estão devolvendo o que lhes proporcionam. Se lhes oferecem lixo, como iriam retribuir? Então por que reclamar? Este assunto da infância e juventude na rua merece séria reflexão, para que sejam postas em prática medidas acertadas." (p. 67, da 76ª edição da versão pocket).

E o autor vai mais adiante, apontando caminho acertado para que o enunciado acima deixe de ser triste realidade: “Somente a Reeducação, até mesmo dos educadores, como preconizava o jornalista, radialista, poeta, pregador religioso e político Alziro Zarur (1914-1979), pode garantir-nos tempos de prosperidade e harmonia. É urgente reeducar-se para poder reeducar”.

Por isso, o que acha de refletir um pouco sobre como a sua forma de agir tem influenciado no comportamento dos seus filhos? Que tipo de lição você tem oferecido a eles com suas atitudes? Será que não há nada que possa ser reeducado na sua forma de pensar e agir para o seu próprio bem e de sua família?

É muito improvável que você, pai ou mãe, não tenha nada a melhorar. Calma, não estamos dizendo aqui que não seja um dedicado pai, uma mãe responsável, zeloso padrinho, madrinha! Apenas que, diariamente, podemos sempre nos melhorar. É nosso objetivo aqui na Terra: evoluir constantemente, em humanidade. Talvez, a sua maneira de lidar com os outros possa ser aprimorada, ou a forma de se alimentar, pela falta de tempo, esteja em falta.

Portanto, nunca se esqueça de que, cada mínima ação que você executa afetará, de forma positiva ou negativa, a educação dos seus filhos. Cabe a você, pai, escolher o que oferecer às suas crianças! Comprometa-se a dar bons exemplos a elas, como praticando o hábito da leitura, comer de maneira saudável, não fazer uso de palavrões, ser tolerante, não compactuar com ofensas, tratar bem a família e amigos, manter o hábito de orar, e assim por diante. Reeduque-se para poder educar! Já dizia Napoleão Bonaparte (1769-1821) que "as palavras indicam o caminho, mas os exemplos arrastam".

BOAS PALAVRAS: para instruir o que fazer

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Mas, se os bons exemplos existem, outra questão que vem à tona é o quanto seus filhos têm tido contato com eles. O convívio tem sido entre orientações construtivas para a família? De acordo com a pesquisa Atitudes pela Educação, do movimento Todos pela Educação em conjunto com outras instituições, dos pais brasileiros, apenas 12% são comprometidos com a educação de seus filhos, participando das reuniões e dos eventos escolares com maior assiduidade, buscando informações sobre a escola, estabelecendo parceria com outros pais e professores e apoiando as crianças na rotina. Dos que não vão às reuniões escolares, 48% alegam falta de tempo. Você é desses? Se sim, nossa dica é que reveja suas prioridades. Afinal, por mais corrida que seja a vida profissional, o crescimento dos pequenos também merece um tempinho em nossa agenda.

Às vezes, o cansaço ou a ansiedade em garantir conforto material aos pequenos — o que é louvável — nos impedem de orientar as crianças quanto às responsabilidades que precisam ter, ou de falar-lhes sobre o afeto e apoio com os quais sempre podem contar. Os valores éticos, morais e espirituais que devem exercer também lhes devem ser transmitidos por meio de palavras, embora elas absorvam bem mais observando, e daí a importância de nossas ações.

BONS PENSAMENTOS: para priorizar o que faz bem

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Aliás, o saudoso Irmão Zarur sempre ensinava sobre a necessidade de não se perder de vista a Fórmula Urgentíssima ensinada por Jesus, o Educador Celeste: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e a Sua Justiça, e todas as demais coisas materiais vos serão acrescentadas” (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 6:33). Ou seja, não basta apenas dar as condições físicas para a existência, mas, sobretudo, iluminar o Espírito Eterno da criatura humana, instruindo-a para o Bem.

Em Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus — A saga heróica de Alziro Zarur (1914-1979) na Terra, o educador destaca o Divino Referencial que todos devemos seguir, afirmando na página 15: “Ao seguir-Lhe os passos [de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista], devemos constantemente rever nossas atitudes, de modo que não esqueçamos jamais que é desde pequeninas demonstrações de Boa Vontade que se fortalece o convívio entre marido e mulher, pais e filhos, filhos e pais, comunidades e o mundo”. (O destaque é nosso.)

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Mesmo na correria do dia a dia, não tendo muito tempo para os filhos, a psicopedagoga Camila Leon aponta que você pode “organizar momentos com mais qualidade, mesmo com pouca quantidade de encontros. Então, por exemplo, numa quarta-feira à noite, ser o dia do cinema em casa, onde o filho escolhe o filme e come uma pipoca junto com os pais. (...) Nada substitui a interação entre pais e filhos para o desenvolvimento cognitivo e emocional”. Leia mais sobre como ter um tempo de qualidade com os pequenos.

E nada de achar que o comportamento do seu filho jamais melhorará, ou que ele é danado mesmo e pronto, acabou... A especialista explica que “não há caso perdido. De forma alguma. Inclusive porque temos plasticidade cerebral*². Então, quanto antes descobrirmos e identificar que determinados comportamentos não estão sendo adequados e fizermos uma intervenção adequada, (...) até mesmo com o apoio de especialistas da saúde, como um psicólogo, melhor resultados teremos”.

Que saibamos fazer jus ao compromisso que assumimos com nossos filhos na Pátria Espiritual, antes mesmo de renascer aqui na Terra. Que nunca nos esqueçamos do alerta do dr. Bezerra de Menezes (Espírito), Coordenador da Revolução Mundial dos Espíritos de Luz na Quarta Revelação, a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, em mensagem publicada pela revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 108 (pág. 48): "Cuidem de seus filhos, de suas filhas! Cuidem deles! Prestarão severas contas, no Espaço, por eles. Não deem brechas a satanás nem àqueles que querem tirar suas crianças, seus jovens, dos caminhos da elevação espiritual".
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*¹O programa Vida Plena vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10 horas, pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV). Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).

*²A plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.