Até 2020, 10 milhões de pessoas poderão morrer por conta do cigarro
Wellington Carvalho
17/08/2015 às 18h37 - segunda-feira | Atualizado em 05/02/2024 às 14h22
Você conhece alguém que fuma? Infelizmente, muita gente negligencia o divino dom de viver por algumas ~ou muitas~ bitucas de cigarro. Por isso, o alerta quanto ao uso da droga, sempre prejudicial ao corpo e à Alma de quem fuma e de quem está ao redor, é sempre lançado pelo Portal Boa Vontade.
E não é para menos. Até o ano de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10 milhões de pessoas morrerão pelo uso do cigarro. Isso porque o tabaco mata mais que a soma de mortes por Aids, cocaína, heroína, álcool, suicídio e trânsito, juntas. O cigarro possui mais de quatro mil substâncias químicas, sendo mais de 50 comprovadamente cancerígenas. Para se ter ideia, a droga contém metais pesados, monóxido de carbono, que é a mesma fumaça que sai dos escapamentos dos carros; chumbo, presente em tintas, soldas e munições; cádmio, utilizado em baterias veiculares; e a famosa nicotina, que também é usada na fabricação de veneno de barata.
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A nicotina é a principal responsável pela vontade de alimentar o vício. Ao Portal Boa Vontade, o psiquiatra Pedro Katz, do Hospital Samaritano de São Paulo, explica que ela é quem causa a sensação de prazer no fumante: "A nicotina é potente e atua no cérebro. Por conta dessa estimulação, causa um quadro de dependência. Essa sensação dura pouco tempo e, quando falta essa substância no cérebro, a pessoa tem sintomas desagradáveis da falta, passando a ter vontade de fumar novamente".
O tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou. Ele mata quase seis milhões de pessoas por ano, dos quais mais de cinco milhões são de uso direto e mais de 600 mil são os que ficam expostos à fumaça. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), quando comparado a alguém que não fuma, o fumante tem risco 10 vezes maior de desenvolver câncer de pulmão e cinco vezes mais chances de sofrer um infarto.
Devido a essas graves consequências ocasionadas pelo cigarro, no Relatório Global sobre a Epidemia do Tabaco 2015, da OMS, a diretora-geral da organização, Margaret Chan, destaca a necessidade de sérias medidas que impeçam o acesso à droga: "Aumentar os impostos sobre os produtos do tabaco é uma das maneiras mais eficazes — e de baixo custo — para reduzir o consumo de produtos que matam, e ao mesmo tempo, gerar receitas substanciais". Chan encoraja que todos os governos olhem para as evidências e não para os argumentos da indústria, e adotem uma das melhores opções de política ganha-ganha disponíveis para a saúde.
Não por menos. Afinal, não só os mais velhos são alvo do cigarro. Em 2009, a OMS chegou a registrar que 90% dos fumantes tiveram o primeiro contato com o tabaco em idade escolar, na faixa etária entre 5 e 19 anos. Em entrevista concedida à supervisora da proposta pedagógica da Legião da Boa Vontade (LBV), Suelí Periotto, doutoranda em Educação pela PUC-SP, a doutora Mônica Andreis, mestre em psicologia clínica pela USP, vice-diretora da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), evidenciou aspectos emocionais que podem influenciar a criança e o jovem com relação ao tabagismo: “Sabemos que filhos de pais fumantes têm maior tendência de se tornar fumantes no futuro. Muitas crianças começam a fumar por causa desse modelo que elas têm em casa, ou mesmo na escola, daquele professor que admiram e que fuma”.
Em razão disso, a dra. Mônica completou: “Daí a necessidade dessa consciência por parte dos familiares e dos professores, do poder de influência que possuem sobre a vida de uma criança. Além disso, na adolescência, a gente passa por uma série de modificações. É natural que a insegurança apareça e, às vezes, o cigarro é a válvula de escape na busca de um prazer instantâneo. É importante que a criança tenha essa percepção de que fumar não irá lhe trazer sustentabilidade ou lhe garantir sucesso na vida. O cigarro é uma droga e, uma vez que a criança o experimente, pode se tornar facilmente uma dependente química. Então, se ela tiver essa consciência, consegue, naturalmente, dizer não”.
SABER QUERER, DE ACORDO COM JESUS
Contudo, o mais importante nesta matéria não são os dados que alertam, mas sim o destaque que fazemos para o poder das nossas escolhas. Não podemos negar: somos influenciados, a todo instante. Seja material ou espiritualmente. Algumas influências, como as de consumo, podemos observar: seja pela moda, pela vontade de comprar determinados produtos ou roupas, a nos alimentarmos de determinada maneira, e assim por diante. Muitas vezes não fazemos essas escolhas para ter uma qualidade de vida melhor, mas sim na busca de um possível status, que por vezes nem sabemos direito o que representa. Porém, somos nós que decretamos nosso destino conforme nossas escolhas! Não o vizinho que possa nos querer bem ou mal. Todos podemos dizer “NÃO!” aos vícios, evitando muitos sofrimentos.
Em seu mais recente livro, Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade, o escritor Paiva Netto ressalta a importância de firmarmos nossas escolhas conforme o direcionamento acertado que o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, nos recomenda para nossa própria felicidade. No subtítulo “Saber querer, de acordo com Jesus”, o autor do best-seller indica (pág. 302 da versão tradicional e pág. 320 da versão ilustrada: “Estamos perante uma simples questão de saber querer, passe o tempo que for necessário. Imprescindível é que perseveremos em Cristo Jesus, como Ele próprio sabiamente exige no Apocalipse, segundo João, 3:10:
— Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também Eu te guardarei da hora da tormenta que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra”.
ESCOLHER SOFRER? PRA QUÊ?
O jornalista e radialista Paiva Netto, dirigente das Instituições da Boa Vontade de Deus, sempre destaca: “Jesus, o Profeta Divino, veio à Terra para salvar as criaturas. Por isso, a nossa constante preocupação em defender a Vida”. Vício nenhum é favorável a ela. “Ah, mas o corpo é meu! Então eu faço o que quiser dele”, você pode ter indagado. Calminha aí… Devemos ter em mente que “estamos corpo, mas somos Espírito”, conforme esclarece a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Portanto, o uso do cigarro ou outras drogas (lícitas ou ilícitas) provoca graves sequelas ao Espírito daqueles que o fazem. E comprometer a saúde física, afetar o corpo que nos foi emprestado por causa dos maus hábitos, comprometendo a duração e a qualidade de vida de forma deliberada, é forma de suicídio e contribui para a infelicidade do Espírito por longo tempo, no Mundo Espiritual.
Ao encurtar a trajetória terrena devido ao mau hábito de fumar, por exemplo, a pessoa poderá encontrar-se, após a morte, no Umbral — região inferior, de obscuridade e tristeza, destinado à disciplinar os Espíritos desencarnados por seus atos inconsequentes realizados enquanto se encontravam na carne. Prejudicar a própria existência na Terra é negligenciar os elevados compromissos que, no Etéreo, prometemos cumprir por aqui. Irresponsabilidade para com nossas Agendas Espirituais.
Além, disso podemos sofrer péssimas consequências ainda encarnados. Enquanto fumamos, espíritos inferiores podem se aproximar de nós, como alerta o nobre dr. Bezerra de Menezes (Espírito). Coordenador da Revolução Mundial dos Espíritos de Luz, na 4ª Revelação, a Religião do Terceiro Milênio, ele avisa, em mensagem endereçada aos pais, na revista Jesus Está Chegando!, edição 108, página 46: "Abominem cigarros ou qualquer outro tipo de vício que gere a destruição de seus vasos físicos. Aconselhem aqueles que compartilham de suas vidas (e porventura padeçam desses males) que deixem de lado esses vícios, porque a quantidade e a qualidade de espíritos inferiores que se aproximam quando estamos ligados a pessoas ou situações presas a faixa vibratória tão perigosa é terrível. Vocês nem podem imaginar a nocividade disso!".
“TODO DIA É DIA DE RENOVAR O NOSSO DESTINO”
Tenha em mente que recusar o cigarro e demais drogas é o querer correto, expressando o respeito à sua própria vida. Agora, se você já faz uso dele, nada está perdido. Como afirma Paiva Netto: “Todo dia é dia de renovar o nosso destino”. Ou seja, sempre podemos mudar nossas ações, melhorando nossa forma de viver. E assim, evoluir! Tabagismo é uma doença, uma dependência química, mas tem cura. Para um tratamento bem-sucedido, é necessário que o fumante fique atento às situações que o faz fumar.
"Para que ele consiga viver sem cigarro, ele deve aprender a passar por todas as situações do dia a dia, principalmente do estresse, sem fumar", salientou o dr. Ricardo Meirelles, pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo, do INCA. O tratamento medicamentoso vem a facilitar para que a pessoa consiga deixar de fumar com qualidade, sem sofrimento e possa viver sem cigarro a vida toda. Os benefícios obtidos ao parar de fumar incluem aumento da qualidade de vida, melhora do paladar e do olfato, economia de dinheiro, respiração mais livre e fácil, além do odor mais agradável no corpo.
Para se sentir incentivado a abandonar o cigarro, convidamos você a se inspirar na história de vida do campo-grandense Cláudio Gonçalves Moreira, que fumou por 26 anos, mas trocou o vício pela paixão em andar de bicicleta. Esperamos que essa matéria favoreça o maior bem-estar à sua saúde do corpo e da alma. =)
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*Colaboração: Karine Salles