Falta de atividade física pode causar doenças em 500 milhões de pessoas até 2030
Para o diretor-geral da OMS é preciso ampliar a implementação de políticas para apoiar as pessoas a serem mais ativas por meio de caminhadas, ciclismo, esportes e outras atividades físicas.
Da redação
24/10/2022 às 13h54 - segunda-feira | Atualizado em 25/10/2022 às 10h08
Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) traz informações sobre a relação do sedentarismo com algumas doenças, e como os governos estão implementando recomendações para aumentar a atividade física em todas as faixas etárias.
O documento “Status Global sobre Atividade Física 2022” traz dados de 194 países e alerta que, entre 2020 e 2030, cerca de 500 milhões de pessoas desenvolverão doenças cardíacas, obesidade, diabetes ou outras doenças não transmissíveis devido à inatividade física.
Incentivos
A OMS destaca que, se os governos não tomarem medidas urgentes para incentivar a população a fazer mais exercícios, esse custo será de US$ 27 bilhões.
De acordo com o relatório, o progresso tem sido lento. Os governos precisam acelerar o desenvolvimento e a implementação de políticas para aumentar os níveis de atividade física e, assim, prevenir doenças e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados.
Menos de 50% dos países têm uma política nacional de atividade física, e menos de 40% estão operacionais. Apenas 30% das nações têm diretrizes nacionais de atividade física para todas as faixas etárias.
Medidas para incentivar caminhadas e uso de bicicleta
Embora quase todos os Estados tenham relatado um sistema para monitorar a atividade física em adultos, 75% dos países fazem o mesmo em adolescentes e menos de 30% em crianças menores de cinco anos.
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Nas áreas de políticas para incentivar o transporte ativo e sustentável, apenas pouco mais de 40% das nações têm padrões de projeto de estradas que tornam a caminhada e o ciclismo mais seguros.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse esperar que os países e parceiros usem o relatório “para construir sociedades mais ativas, saudáveis e justas para todos”. Para ele, é preciso ampliar a implementação de políticas para apoiar as pessoas a serem mais ativas por meio de caminhadas, ciclismo, esportes e outras atividades físicas.
Crise da Covid-19
A pandemia não apenas paralisou essas iniciativas, mas também afetou outras implementações de políticas que ampliaram as desigualdades no acesso e oportunidades de prática de exercícios para muitas comunidades.
Para ajudar os países a aumentar a atividade física, o plano de ação global da OMS sobre atividade física 2018-2030 estabelece 20 recomendações de políticas. As medidas incluem criar estradas mais seguras para incentivar o transporte mais ativo, fornecer mais programas e oportunidades em ambientes como creches, escolas, cuidados primários de saúde e local de trabalho.
O relatório avalia o progresso em relação a essas recomendações e mostra que muito mais precisa ser feito. Uma descoberta importante é a existência de lacunas significativas nos dados globais para acompanhar o progresso em ações políticas importantes, como a criação de espaços públicos abertos e a infraestrutura para caminhadas e ciclismo, esportes e educação física em escolas.
CAMINHADA
Uma boa alternativa para muitas pessoas que queiram começar a praticar alguma atividade física é a caminhada. Ela uma das principais formas de sair da zona de conforto, abandonando de vez o sedentarismo. E já mostramos, também, aqui no Portal Boa Vontade que a caminhada é uma atividade física recomendadíssima pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e outras organizações médicas. Qualquer pessoa, independentemente da idade, pode fazê-la, e é uma prática para lá de importante para quem deseja uma boa saúde e disposição, física e mental, para enfrentar os desafios do cotidiano.
A caminhada é uma grande aliada para uma vida mais saudável. Fácil e sem custos, é uma atividade aeróbica que pode e deve ser praticada rotineiramente. Caminhar faz muito bem à saúde. Dr. Jomar Souza, especialista em medicina do Esporte, explicou que "a caminhada é um dos exercícios aeróbicos que exige do sistema cardiovascular e respiratório uma certa demanda e que, se mantida dentro de determinados limites, é muito benéfica para a saúde. Entre eles a diminuição da gordura corporal, fortalecimento da musculatura, redução da osteoporose. Quem caminha tem a possibilidade de combater o diabetes tipo 2, além de reduzir o risco do surgimento de alguns tipos de câncer".
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Com infrormações das Nações Unidas