Chega de fast-food: alimentos ultraprocessados impulsionam epidemia de obesidade

Relatório da ONU examina as vendas de produtos, incluindo refrigerantes, doces e salgadinhos, sucos, chá e café, entre outros.

Karine Salles

02/09/2015 às 16h07 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Está precisando perder quantos quilos? A boa notícia em relação a isso é que não é só você não. Dados do relatório Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, impacto sobre a obesidade e implicações para as políticas públicas, divulgado pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), mostram que de 2000 a 2013, a venda desses produtos aumentou na América Latina e caiu na América do Norte. O aumento do consumo está relacionado ao aumento do peso corporal médio, indicando que estes produtos são um dos principais fatores das altas taxas de sobrepeso e obesidade nas Américas do Sul e Central.

O relatório examina as vendas de produtos como refrigerantes, doces e salgadinhos, sucos, chá e café, entre outros. Durante o período estudado, a venda aumentou 26,7% nos 13 países latino-americanos estudados. São eles: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Enquanto isso, a venda destes mesmos produtos diminuiu 9,8% na América do Norte.

Os dados também mostram que o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados está ligado ao aumento do peso corporal em 13 países latino-americanos estudados. Nos países em que as vendas destes produtos eram mais elevadas, incluindo México e Chile, a população tinha uma média de índice de massa corporal (IMC) mais alta do corpo. No entanto, tanto o IMC como vendas de alimentos ultraprocessados foram crescendo rapidamente nos 13 países estudados.

MEXA-SE POR UMA VIDA MELHOR

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Praticar atividade física faz bem ao corpo e à mente. Algumas horas por semana de algum exercício ajudam a emagrecer, combatem a obesidade, melhoram a circulação sanguínea, dentre outros inúmeros benefícios. O Portal Boa Vontade lembra que, para alcançar todos esses benefícios, você deve realizar a atividade física no mínimo três vezes por semana, sempre acompanhado de um educador físico, sob orientação médica, e com uma alimentação balanceada.

+ Nossa sugestão: faça uma caminhada curta a cada dia =)

“Fazer exercício significa uma qualidade de vida melhor e uma quantidade de vida maior”, defende o ortopedista Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. O médico explica que praticar esportes traz diversos benefícios. “A saúde vai melhorar. Praticando atividade física, vai ter menos pressão alta, colesterol mais controlado, menor risco de diabetes, mais disposição para o lazer e para o trabalho. As pessoas dormem melhor e acordam dispostas, com menos depressão, menos alterações psicossomáticas. Também controlam o peso melhor, o que faz com que a sobrecarga de envelhecimento seja menor para as articulações, principalmente nos membros inferiores, o que diminui as dores articulares.”

Lembramos que é preciso, antes de tudo, passar por um check up médico para que complicações sejam evitadas. Uma consulta com um clínico-geral vai mostrar como está seu organismo e pode indicar qual exercício é mais indicado para você.

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Com informações da ONU