Nathan Rodrigues

Dia Mundial da Alimentação: problemas de peso afetam mais de 40% das crianças brasileiras

Nathan Rodrigues

15/10/2014 às 15h38 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

vivasaudavel.blog.com
A obesidade alcançou índices tão alarmantes que a Organização Mundial da Saúde já classificou a doença como epidemia global. E é cada vez mais frequente os casos de sobrepeso em crianças e adolescentes.


As crianças estão cada vez mais acostumadas com as vantagens de um mundo tecnológico e que exige rapidez nas tarefas cotidianas. Nem mesmo a alimentação escapou a essas mudanças. Lembra-se do lanchinho saudável feito pela vovó no fim da tarde, após um dia inteiro de diversão? Ele foi trocado pelos fast food ou por comidas industrializadas. 

E a má alimentação, combinada a outros fatores, como o sedentarismo, pode custar muito caro à saúde dos pequenos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças ainda não chegou ao nível da obesidade, mas estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Os números assustam: entre crianças de 5 a 9 anos, 33,5% apresentaram sobrepeso, enquanto 14,3% foram apontadas como obesas. A situação inspira tantos cuidados que a OMS já considerou a obesidade como uma epidemia mundial. No Dia Mundial da Alimentação, o Portal Boa Vontade lança o alerta a pais e responsáveis sobre o preocupante quadro, ressaltando a importância em oferecer um cardápio balanceado e saudável, bem como estimular a prática de atividades físicas.

CUIDADO PERMANENTE
A obesidade infantil se transformou em um problema sério de saúde, alcançando índices alarmantes em todo o mundo. Por isso, as famílias têm um papel fundamental nas escolhas alimentares das crianças. 

“Hoje em dia, as crianças passam o dia inteiro na frente da televisão ou do computador e tem uma alimentação com muitas calorias, existe uma chance muito grande de elas serem obesas”, atesta a dra. Denise Ludovico, endócrino pediatra do Hospital Sepaco.

Esse trabalho, no entanto, não se restringe apenas na escolha de um bom cardápio. É preciso incentivar outros hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas, e incluir toda a família nesse processo. “Vários estudos mostram que se a criança vive em um ambiente em que se pratica atividade física e tem uma alimentação saudável, mesmo tendo uma tendência genética em ganhar peso, não desenvolve a obesidade”, reitera a especialista.

Ao programa Vida Plena*, da Boa Vontade TV, a nutricionista Ione Queiroga falou sobre o assunto, esclarecendo dúvidas e dando dicas de como promover um cardápio balanceado que mantenha a criança no seu peso ideal. Confira!
 



USO DE ANTIBIÓTICOS ELEVA RISCO

Quando se pensa em obesidade infantil, automaticamente nos atentamos a problemas de alimentação e à falta de exercícios físicos. Mas há outros fatores que colaboram para o aumento dos casos. Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores dos Estados Unidos mostrou que o uso de antibióticos pode ocasionar problemas de peso. 

A pesquisa, feita com quase 65 mil crianças, identificou que esses medicamentos, se usados antes dos 2 anos de idade, aumentam em até 20% a probabilidade de obesidade infantil. “Nesse período, o organismo da criança está sendo formado. Então, o uso de antibióticos orienta uma formação metabólica diferente. Não é que seja proibido usar esses medicamentos, mas sim usar com critério. A aplicação ficou banal, é preciso pensar que isso tem efeito na saúde da criança”, explica a dra. Denise.

Vivian R. Ferreira

Na LBV, as crianças aprendem desde pequenas a importância de não desperdiçar os alimentos. O tema também é tratado nas salas de atividades em linguagem lúdica e didática.

POR UMA INFÂNCIA MAIS SAUDÁVEL
A alimentação saudável também é uma preocupação da Legião da Boa Vontade (LBV) em suas Escolas, Centros Comunitários e Lares para Idosos, no atendimento às famílias em situação de risco social. Desta forma, a Instituição cumpre o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), previsto no art. 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Durante o período em que estão na LBV, os atendidos recebem refeições que contam com um cardápio balanceado, de acordo com a faixa etária, e acompanhado por nutricionista. Outra ação desenvolvida, sobretudo com as crianças, é a conscientização para que não haja desperdício de alimentos. 


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* O programa Vida Plena, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10 horas. Você também pode acompanhar a programação pela internet. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).

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Atividades físicas promovem a integração e aumentam a autoestima de pessoas com deficiência

Nathan Rodrigues

14/10/2014 às 22h07 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

A prática de atividades físicas oferece mais que momentos de lazer. Também é uma ótima ferramenta para sociabilizar, superar limites e aumentar a autoestima. Mas para quem possui alguma limitação, a realização de alguns exercícios esportivos possibilita a descoberta de um novo mundo.

No entanto, uma parcela significativa dessa população não usufrui desses benefícios. Estima-se que apenas 10% das pessoas que possuem alguma deficiência pratiquem qualquer modalidade física. E um dos principais fatores para esse afastamento é o medo. Por conta disso, o estímulo para a realização dessas atividades deve começar desde cedo. No Instituto de Cegos Padre Chico, esse trabalho é desenvolvido desde os quatro anos, quando as crianças iniciam o Ensino Fundamental.

No cronograma escolar, os alunos participam de diversas atividades que desenvolvem a noção espacial e sensorial, fazendo com que se sintam seguros ao realizarem os exercícios esportivos. Em iniciativas com bola, por exemplo, um sino depositado dentro do objeto mostra a direção que devem seguir, ditando as ações da partida.

A equipe de reportagem do programa Viver é Melhor, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), acompanhou alguns trabalhos físicos promovidos pelo Instituto e registrou algumas histórias de superação.  Confira a emocionante reportagem!
 

 

O programa Viver é Melhor vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 14 horas, pela Boa Vontade TV. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 910 (custo de uma ligação local + impostos). 

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Brasileiro muda postura e adota novas atitudes para um consumo consciente

Nathan Rodrigues

24/02/2015 às 15h42 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

O consumidor brasileiro nunca movimentou tanto o mercado. Os avanços na Economia deram poder de compra a uma parcela da população, que encontrou em medidas como o aumento na concessão de crédito inúmeras facilidades para o pagamento de produtos e serviços.

E com uma nova massa disposta a gastar, como fica o perfil dos nossos consumidores? Pesquisas recentes mostram que o brasileiro está cada vez mais interessado num consumo consciente. Ele não se preocupa apenas em economizar, mas também demonstra interesse em sustentabilidade e sobre Responsabilidade Social Empresarial.

Por isso, o Portal Boa Vontade lembra a necessidade de consumir respeitando o planeta, fazendo escolhas mais sustentáveis. “A sociedade como um todo tem evoluído, mas temos que usar a informação para não cair em armadilhas. Saber realmente se o consumismo é sustentável, usar o acesso à educação para desenvolver um pensar constante sobre o tema”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience, atuante na área de pesquisa de mercado.

COMO PENSA O CONSUMIDOR BRASILEIRO?
Antes de comprar algum produto ou pagar por um serviço, o que passa na cabeça do brasileiro?  Uma pesquisa do Target Group Index, do IBOPE Media, apontou que 83% da população das principais capitais e regiões metropolitanas do País procuram, primeiramente, por ofertas e descontos. 

Divulgação
Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience.

Segundo o levantamento, os grupos também manifestam comportamento semelhante quanto às marcas renomadas. Aproximadamente 66% das pessoas das classes A, B e C afirmaram preferir marcas consolidadas no mercado.

Mas não é só a busca por preços baixos e marcas tradicionais que determina um consumo consciente. O estudo Consumidor Moderno, realizado pela empresa Shopper Experience, mostra que o público reconhece a importância do uso de materiais recicláveis pelas empresas e do reaproveitamento do lixo.

“Costumo ressaltar que o cidadão, antes de ser um consumidor, é um ser humano. Existe uma faceta humana permeando o ato de consumir. Com isso, todo o comportamento de consumo é norteado por uma série de ‘repertórios’ sociais. A ascensão das classes C e D mostra claramente esse comportamento. O consumo consciente já era praticado por essas classes. Para esse consumidor, é mais fácil assimilar a prática do que para as classes A e B, que sempre estiveram ligados a um consumo sem culpa, sem pensar no impacto — seja financeiro ou ambiental”, explica Stella Kochen Susskind.

Além disso, outro levantamento da empresa identificou que 63,55% dos brasileiros acreditam que o próprio cidadão é responsável por atitudes sustentáveis na hora de comprar, principalmente na nova classe consumidora. "Ela já compra produtos mais duradouros para não ter que descartar em um curto espaço de tempo. Por valorizar as marcas, as quais não tinha acesso, essa classe está menos propensa a comprar produtos piratas", exemplifica a presidente da Shopper Experience.


O QUE FAZER PARA GARANTIR UM CONSUMO CONSCIENTE?

Os dados mostram o quanto o consumidor brasileiro assimilou o conceito de consumo consciente, preocupando-se em ser agente desta prática ao repensar valores e atitudes. E como se tornar um consumidor consciente? É muito simples! O Portal Boa Vontade listou algumas atitudes que, se adotadas, tornarão o ato de consumir mais sustentável. Confira!

Português, Brasil

Dia Mundial da Visão alerta para o problema da cegueira; diagnóstico pode ser evitado

Nathan Rodrigues

09/10/2014 às 17h50 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02


No Brasil, aponta o Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE), pelo menos 24,6 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência visual. Desse número, cerca de 16,6 milhões — aproximadamente 70% dos casos — possuem baixa visão ou apresentam quadro de cegueira.

Em termos globais, informa a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de deficiência visual afetam cerca de 285 milhões de pessoas. A entidade ainda afirma que 80% dos diagnósticos poderiam ser evitados por meio de cirurgia ou prevenção.

Para chamar a atenção da sociedade quanto aos cuidados com a saúde ocular, a OMS estipulou a segunda quinta-feira do mês de outubro como o Dia Mundial da Visão.  A data alerta, principalmente, para o problema da cegueira: a cada cinco segundos, uma pessoa perde a visão em todo o mundo. Em relação às crianças, a média é de uma por minuto.

Dentre as ações promovidas para eliminar as principais causas de cegueira estável, está o Programa Visão 2020: o Direito à Visão.  A campanha, realizada pela Organização Mundial da Saúde em parceria com a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), busca sanar os casos de cegueira evitável até 2020.

A iniciativa conta com a participação de entidades internacionais, instituições de atenção oftalmológica, organizações não governamentais (ONGs) e corporações.

Em entrevista ao programa Viver é Melhor, da Boa Vontade TV, a oftalmologista dra. Roberta Velletri, lista algumas doenças que podem levar à cegueira, apresentando algumas dicas para ter uma boa saúde ocular. “Para manter o olho saudável, temos que ter uma vida saudável”, reitera.

No bate-papo, a especialista pontuou a importância de consultas regulares e o uso de óculos escuros. Segundo ela, o objeto “barra a parte ruim da luz, os raios UVA e UVB, que fazem muito mal para a retina e o cristalino.” Acompanhe a entrevista completa:
 

 

O programa Viver é Melhor vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 14 horas, pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY). Para outras informações, ligue: 0300 10 07 910 (custo de uma ligação local + impostos). 

Português, Brasil

6 dicas infalíveis para uma boa redação no Enem

Nathan Rodrigues

01/11/2019 às 07h34 - sexta-feira | Atualizado em 01/11/2019 às 09h50

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está chegando e milhares de jovens se preparam para garantir uma boa média na prova, que serve como ingresso em diversas faculdades do País.

Para isso, os inscritos intensificam os momentos de estudos, preenchendo as horas de seu dia com uma série de conteúdos escolares, que incluem contas matemáticas, regras gramaticais, experiências científicas e fenômenos biológicos. Mas há uma parte do exame que pede tanto comprometimento quanto as matérias pedagógicas: a redação.

O texto dissertativo-argumentativo pode ser a chave para que as pretensões do aluno se concretizem, somando pontos importantes para o resultado final da prova. Pode parecer estranho, mas também é necessário estudar para a redação. E nada de pânico! O Portal Boa Vontade lista algumas dicas para que você elabore um texto nota mil. Confira:

CALCULE O TEMPO

Vivian R. Ferreira

Ao receber a prova, muitos alunos se questionam sobre o momento certo de fazer a redação. No entanto, não há uma regra que determine se essa parte deve ser feita antes ou depois dos questionários. O que conta mesmo é o tempo que o estudante gasta para elaborá-la. Como os minutos são preciosos no Enem, é recomendável que o participante guarde uma hora do exame para escrever o seu texto.


NÃO ESCREVA EM PRIMEIRA PESSOA

Shutterstock

Sim, a redação do Enem segue o modelo dissertativo-argumentativo e o estudante precisa defender um ponto de vista acerca de um problema social. Mas isso não significa que a primeira pessoa tenha que estar presente nos parágrafos. Evite expressões como “eu acho” ou “eu acredito”. Conduza a redação na terceira pessoa do singular ou plural (ele, ela, eles e elas).


EVITE PALAVRAS DIFÍCEIS

Vivian R. Ferreira

Para estudar! Afinal, há muito conhecimento histórico registrado nos milhares e milhares de livros que foram produzidos no decorrer da evolução humana. A internet é fonte rica de pesquisa, mas são nos livros que podemos encontrar informações exclusivas.

A redação conta muitos pontos, certo? Mas se você quer impressionar os examinadores enchendo suas linhas com termos técnicos, palavras difíceis e clichês, é bom mudar de ideia. Isso não garante um texto nota 1.000.

Expressões e vocábulos complicados são usados porque os alunos entendem a norma culta da Língua Portuguesa como uma linguagem rebuscada e complicada. Seja simples e objetivo! O examinador não deve corrigir o seu texto com o dicionário nas mãos, não é?


FAÇA UM RASCUNHO

Vivian R. Ferreira

Você já estipulou um momento para a redação, leu a proposta e está pronto para escrevê-la. Mas não vá com tanta pressa! Uma hora pode parecer pouco tempo, porém, a rapidez em transportar para o papel as suas ideias pode lhe causar dores de cabeça. Pense bem e faça um rascunho. Com essa tarefa, você faz ajustes necessários antes de transcrever o seu texto para a folha oficial. Ainda assim, é recomendável que você releia a sua redação, verificando se está compreensível e se não há nenhum erro.


NÃO FUJA DO TEMA PROPOSTO

pucpr.br

Leia com muita atenção o enunciado e procure entendê-lo. Esse é o primeiro passo para alcançar uma boa nota. Uma maneira prática de verificar se você assimilou o assunto da redação é escrevê-lo com suas palavras.

Um desempenho ruim é resultado dessa falta de compreensão, que faz com que o texto apenas apresente o tema, não o aprofundando, ou fuja completamente da proposta. Caso isso ocorra, a nota zero pode ser a consequência. Entendendo o tema, o estudante pode apresentar suas ideias com objetividade, clareza e coerência.


RESPEITE AS OPINIÕES 

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As pessoas têm opiniões distintas a respeito de determinado assunto e é preciso respeitar todos os pontos de vistas. Mas nunca apresente ideias preconceituosas e que ferem os direitos humanos. Não apoie o politicamente incorreto!

BOA PROVA!

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Cultura que aproxima: o teatro como instrumento de inclusão

Nathan Rodrigues

07/10/2014 às 18h41 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

Não há barreiras entre atores e público. Para essa companhia, o palco também é território da audiência. As cenas, feitas com esmero pelos intérpretes, são realizadas na escuridão. Luzes somente antes e depois dos espetáculos. Por conta disso, as apresentações do projeto Teatro Cego são um convite à imaginação, aflorando os demais sentidos dos espectadores.

Não é uma experiência comum. Ao incluir e colocar nas mesmas condições o público que possui deficiência com o que não tem, a companhia teatral garante momentos únicos de arte. Para que isso ocorra, todos os detalhes são pensados minuciosamente. “Os atores trabalham pelos corredores centrais e a plateia fica sentada em setores que a deixa inserida no espetáculo, tendo uma sensação espacial mais apurada”, explica o produtor Luiz Augusto.

Ana Righi/Divulgação
O projeto inclui atores com deficiência visual e artistas videntes.

Nesse espetáculo, deficientes visuais e videntes trabalham em parceria para oferecer uma apresentação inesquecível.  A arte se sobressai às limitações. “É extremamente gratificante ser percursora dentro da arte, mostrando para as pessoas que, apesar das limitações, conseguimos atuar tão bem quanto qualquer outra pessoa”, afirma Giovanna Maira, atriz do projeto.

Assim, o grupo cumpre o seu papel ao conscientizar o público de que o caminho para estreitar os laços com as diferenças é quebrar as barreiras, para a construção de uma sociedade mais solidária. “Parece que passamos a enxergar melhor”, afirmou a espectadora Dalva Gianello, professora de Arte.

“Quando as pessoas se abrem para um mundo diferente, mesmo amedrontadas, e conseguem perceber que existe vida mesmo nessa escuridão, perceber o seu mundo sem a necessidade de enxergar, isso é superar alguns limites e desafios pessoais. A peça não propõe somente uma diversão, um lazer. Promove uma experiência que pode trazer um novo olhar para a vida”, completa Giovanna Maira.

Ao programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV, o ator e diretor do Teatro Cego, Paulo Palado, destacou o papel das artes para a inclusão de pessoas com deficiência visual. “Os outros sentidos são muito importantes, são complementares para que a gente compreenda o mundo ao nosso redor. Esse é o maior aprendizado quando vivemos essa experiência do teatro”, afirmou. Acompanhe a entrevista!
 

 

O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e às 23h30, e aos domingos às 6h30 e 20 horas. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local mais impostos).

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Sertanista, pacificador e pioneiro das telecomunicações: as faces de Cândido Rondon

Nathan Rodrigues

06/10/2014 às 22h12 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

O brasileiro acompanhou — e acompanha — diversos acontecimentos históricos por meio de mídias como o rádio, a TV e, mais recentemente, a internet. E isso só é possível porque um homem, no século 19, ao iniciar o processo de integração do território nacional, deu o primeiro passo para a implantação das telecomunicações no País.

Ao programa Boa Vontade Entrevista, da Boa Vontade TV, o escritor e historiador Clóvis Bulcão esmiúça os feitos de Marechal Cândido Rondon. Natural de Mato Grosso do Sul, ele iniciou carreira como professor, no Rio de Janeiro, mas foi a serviço das Forças Armadas que começou a escrever o seu nome na História.

No início da República, Cândido Rondon foi destacado para percorrer as regiões de fronteiras a fim de ocupar uma parte do território que ficava distante dos grandes centros urbanos brasileiros. “Não havia ainda um tratado que desse conta do que era a fronteira com a Argentina e esse lado do Mato Grosso, do que hoje é Rondônia, ficava longe do que era o Brasil”, conta Bulcão. Para solucionar o problema, o marechal fez uso de sua capacidade visionária.

 

 

Ele ligou essa parte do País por fios telegráficos, fazendo uma grande obra física em mato fechado”, ressalta o historiador. Graças a esse trabalho pioneiro, é considerado o Patrono das Comunicações.

E engana-se quem pensa que o militar merece menção apenas por seu esforço em favor das telecomunicações. Ao desbravar o território e ocupar as fronteiras, instalando postes e fios telegráficos, Rondon se deparou com povos indígenas que nunca haviam tido contato com o resto da civilização.

“Ele chega a ser ferido por uma flecha num desses contatos. Apesar disso, nunca defendeu massacre de índios, numa época em que essas coisas eram mais frequentes do que podemos imaginar”, esclarece o escritor. Pelo contrário, passou a atuar em benefício das comunidades indígenas, sendo pioneiro na luta pelos direitos dessas populações.

 

 

Por conta disso, ao apontar as heranças de Cândido Rondon para o Brasil, Clóvis Bulcão afirmou: "O maior legado é esse pensamento republicano de que somos todos iguais, negros e brancos, e, no caso dele, sobretudo, os índios, que são seres humanos e devem ter sua cultura e suas línguas respeitadas. Temos a maior diversidade linguística do planeta (...) e, se isso existe, devemos a homens como ele.  E um subfruto da operação Rondon é essa ideia de que educação e comunicação caminham juntas".

Boa Vontade Entrevista vai ao ar pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY) todas as segundas-feiras, às 22h; e sextas-feiras, às 19h. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos) ou acesse Boa Vontade TV.

Português, Brasil

A arte como vocação: atriz Myriam Persia afirma prazer por atuar

Nathan Rodrigues

03/10/2014 às 18h21 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

As festas de aniversário na família de Myriam Persia sempre foram animadas. E a alegria não era ocasionada pelo momento de cortar o bolo. O ponto alto desses encontros eram as peças teatrais organizadas pelas crianças. A desenvoltura dos pequenos ao interpretar situações cotidianas agradava aos adultos.

O tempo passou, as crianças cresceram, mas Myriam continuou a encantar plateias. Seu talento saltou da sala de sua casa e alcançou palcos e cenários televisivos. Ao programa Boa Vontade Entrevista, da Boa Vontade TV, a atriz lembrou momentos importantes de sua trajetória profissional e reafirmou seu amor pelas artes.

No bate-papo, a entrevistada contou que a família não via com bons olhos a carreira artística, ainda que ela tenha demonstrado desde cedo aptidão para interpretar. “Meu pai me dizia que era uma profissão em que as pessoas podiam passar fome”, disse.

 

 

Contra a vontade dos pais, Myriam participou de um teste e não decepcionou. A performance da jovem cativou o corpo de jurados. “Nesse dia havia várias pessoas julgando os atores. Foi quando eu conheci o diretor Adolfo Celi e a Bibi Ferreira, que foram importantíssimos para a minha carreira”, ressalta.

Graças ao bom desempenho na audição, Myriam garantiu, aos 15 anos, o primeiro trabalho como atriz, no filme O grande momento, de Nelson Pereira dos Santos. “Ele me viu nesse teste e me chamou para fazer esse filme lá em São Paulo.” A marcante participação no longa-metragem lhe conferiu o prêmio de Revelação do Ano, além de abrir caminhos para bons projetos no teatro, cinema e na televisão.

Mesmo com uma carreira consagrada, ela afirma que sempre há algo para aprender, destacando que é preciso se reinventar sempre. “Manter essa profissão é muito difícil. A nossa arte não é uma coisa estática. É como uma nuvem, uma poesia, que você fala e vai. É uma profissão volátil.”

Assista à segunda parte! O Boa Vontade Entrevista vai ao ar pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY) todas as segundas-feiras, às 22h; e sextas-feiras, às 19h. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos) ou acesse Boa Vontade TV.

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Linguagem de web, "internetês" entra na sala de aula e preocupa professores

Nathan Rodrigues

16/05/2016 às 09h00 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

O "internetês" é uma maneira rápida de se comunicar na web, mas o "dialeto" ultrapassou as fronteiras digitais e tem prejudicado o desempenho escolar de crianças e adolescentes.

As percepções do mundo se alteram conforme a tecnologia evolui. E essas mudanças também afetam a maneira como nos comunicamos. No ambiente virtual, por exemplo, quanto mais simples, melhor! Essa é a premissa do “internetês”, que tem permeado a comunicação na web, principalmente entre jovens.

O “idioma digital” é caracterizado pelo uso de palavras abreviadas, a dispensa de sinais gráficos e a utilização de desenhos ou animações que expressam sentimentos — os chamados gifs. Uma afronta à norma padrão do Português? Nem tanto. É a língua que se molda para a grande rede, ambiente que exige agilidade na troca de informações.

"Nossa sociedade é formada por grupos que se organizam por afinidades. Para melhor se comunicarem, criam os jargões, que são variações do vocabulário especificamente destinadas à expressão de alguma especialidade. Eles aproximam pessoas com interesses comuns e agilizam a comunicação entre os membros de um mesmo grupo", explica Rosana Morais Weg, doutora em Português pela Universidade de São Paulo.

Mas o “internetês” ultrapassou o universo digital, preocupando professores e autoridades da área. O uso desmedido da linguagem tem prejudicado o rendimento escolar dos estudantes“Esses neologismos escapam do vocabulário da língua oficial padrão, não sendo, portanto, adequados em situações formais. O jargão, quando exagerado, é alvo de crítica e é considerado um vício de linguagem. Recebe até um sufixo próprio, o ‘ês’, como em juridiquês, internetês, etc”, completa a professora, autora de diversos livros, dentre eles, A língua como expressão e criação.

E os problemas podem ir além da sala de aula. Ao migrar da web para outros campos, o “internetês” deixa de ser um facilitador para a comunicação, podendo, inclusive, atrapalhar o desempenho profissional.  “O importante é que a família e a escola orientem os jovens a fazerem uso produtivo da internet, oferecendo a eles a oportunidade de lerem textos de boa qualidade”, completa Rosana.

SXC.hu
O uso excessivo do "internetês", verificado em textos na grande rede e em mensagens de celular, podem trazer diversos prejuízos, atrapalhando, inclusive, o desempenho profissional.

Assim, a leitura mostra aos adolescentes que a linguagem simplificada da internet é benéfica para textos digitais, mas o norma padrão jamais deve ser ignorado. "A família deve sempre promover o hábito da leitura entre as crianças e jovens. E até entre os parentes mais velhos, independentemente de eles usarem a internet ou não", aponta a professora. 

PARA EVITAR PREJUÍZOS FUTUROS

A professora Lenice Santana, da Escola Estadual Marechal Deodoro, levou um susto ao corrigir as atividades de casa de seus alunos. As respostas estariam corretas se não estivessem recheadas de "vc", "axo", "naum" e "tbm" e abusassem do gerúndio e das gírias. Ao confrontá-los, descobriu que as palavras esquisitas eram comuns na internet. "Eles têm 10 anos e costumam usá-las com mais frequência que as formas corretas. Com isso, a linguagem se torna bem pobre", reitera.

E para mostrar que essa linguagem não é adequada para a sala de aula, a educadora passou a trabalhar com seus alunos diversos jogos didáticos e iniciativas em grupo, além de promover a leitura de textos. "Eu desenvolvo muitas atividades que mostram que é preciso seguir sempre a norma padrão do Português, mesmo que você use essas gírias e abreviações na internet. Elas não estão erradas, desde que fiquem nas mensagens eletrônicas e blogs e o aluno saiba a maneira correta de escrever essas palavras".

As medidas têm surtido efeito. Ela afirma que os estudantes ficaram mais vigilantes com suas escritas. "É interessante porque eles mesmos identificam erros e se corrigem, dizem: 'olha, isso aqui não está certo, é assim que se escreve'".

Lenice garante que as recomendações dadas em sala de aula também são ditas em sua própria casa, para o filho Ramon, de 15 anos. E o adolescente, que possui contas em redes sociais e navega com frequência pela grande rede, confirma que a mãe acompanha de perto todos os seus textos. 

"Nós utilizamos essa linguagem para poupar tempo. Além de existirem palavras grandes, você precisa se comunicar com rapidez. Mas essa maneira não combina com a sala de aula", ressalta o jovem.

Português, Brasil

Brasil registra 40 mil casos de crianças e adolescentes desaparecidos

Nathan Rodrigues

02/10/2014 às 15h28 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

São Paulo, SP — Dados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mostram que, a cada quatro horas, uma criança desaparece no Estado de São Paulo. Segundo o levantamento, nos primeiros oito meses do ano, 1.528 crianças com até 12 anos de idade foram declaradas desaparecidas. Em todo o Brasil, são cerca de 40 mil casos registrados em Boletins de Ocorrência (B.O.s) de crianças e adolescentes desaparecidos.

Para compartilhar a sua experiência no assunto e orientar a população, a dra. Claudia Figaro, psicóloga do Projeto Caminho de Volta, participou, recentemente, do programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV. Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP), ela afirmou que os números referentes a desaparecimentos de jovens não correspondem à realidade em decorrência da falta de informação de muitos pais, que não sabem a importância de procurar a polícia. “O grande número de desaparecimentos entre as crianças e os adolescentes são fugas de casa. A polícia sabe que as crianças fogem e, muitas vezes, essas fugas se resolvem em algumas horas.”

 

 

Durante a conversa, a psicóloga reiterou que o B.O. pode ser aberto imediatamente, sem que seja necessário esperar 24 ou 72 horas do ocorrido. “O policial, muitas vezes, acaba sugerindo para a mãe voltar para casa e esperar. Só que é uma sugestão errada, porque essa criança ou esse adolescente pode ser que volte dali uma hora e pode ser que nunca mais volte”, destaca. A demora do encontro os deixa mais facilmente suscetíveis à exploração sexual ou do tráfico.

A dra. Claudia também comentou sobre o trabalho do Projeto Caminho de Volta, desenvolvido na Faculdade de Medicina da USP desde 2004. “Ele permitiu que um grupo de psicólogos que eu coordeno, psicólogos formados e voluntários, esteja no DHPP [Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa], na 4ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas, para atender a população que vai até lá abrir um B.O. do desaparecimento do filho. O Caminho de Volta atende famílias de crianças e adolescentes desaparecidos menores de 18 anos, desde que tenham um B.O. (...). A gente oferece, gratuitamente e de forma voluntária, a possibilidade de conversar com um psicólogo, para poder entender porque esse filho desapareceu”.
 

 

O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e às 23h30, e aos domingos às 6h30 e 20 horas. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local mais impostos).

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